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Brasil Alvo de impeachment, Collor afirma desconforto com processo de Dilma

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Senador Fernando Collor (PTC-AL) sofreu impeachment em 1992, quando era presidente. (foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

Um dia após a Câmara aprovar a continuidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o senador Fernando Collor (PTC-AL), que sofreu um processo de afastamento da Presidência da República em 1992, quando ocupava o cargo, disse estar desconfortável em ter que participar do processo, falou na necessidade de “serenidade” e aproveitou os 50 minutos em que ocupou a tribuna do plenário do Senado ainda para apresentar sugestões à administração do país.

“Sinto-me nessa contingência, tenham certeza, com profunda apreensão e pesar. Apreensão pela imensa preocupação com a estabilidade do país. E pesar, pela possibilidade de ter que participar do julgamento de um governo, cujos principais atores e partido protagonizaram exatamente meu impeachment. Não é nada confortável para mim rememorar e menos ainda reviver, mesmo que em outra trincheira, momentos como este”.

Aliado de Dilma, o senador deixou claro que não iria declarar um posicionamento em relação ao processo. “Considero imprudente de minha parte antecipar, neste momento, uma posição frente ao processo de impeachment em curso. Qualquer que seja minha palavra, celeumas podem ser criadas, e essa não é minha intenção. Desejo tão somente, no plano institucional e no exercício do mandato de senador, colaborar para que o Brasil encontre soluções para sair de todas as crises por que passa”.

Questionado pela reportagem, ironizou: “não tenho sequer ideia do que está acontecendo”. “Eu estou meio desatualizado desse assunto, não estou sabendo direito o que está acontecendo”, disse. “Soube que ontem [domingo] teve uma reunião na Câmara, que estavam votando uma medida provisória. Aí tem que ver prazo. Não estou a par”, disse Collor, referindo-se à sessão de votação deste domingo (17).

O congressista, que destacou ser o único no parlamento que já ocupou a posição de presidente da República, exaltou alguns pontos de sua gestão e disse ter deixado um “legado positivo”.

Devido ao quadro de paralisia do país, Collor destacou ainda a necessidade traçar planos para o futuro, para reerguer e retomar as engrenagens e apresentou a proposta “Brasil: diretrizes para um plano de recuperação”.

“Trata-se de um elenco atualizado de diagnósticos, princípios e medidas a serem discutidos, aperfeiçoados e implantados de forma a permitir que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento econômico e social, sua credibilidade, sua previsibilidade e segurança jurídica e, com isso, melhorar o ambiente dos negócios. As propostas visam permitir ainda que o Brasil se reinsira, definitivamente, nos grandes blocos econômicos do mundo, sem os quais continuaremos a patinar não apenas no comércio exterior, mas também na liderança e no protagonismo perdidos no âmbito do nosso subconsciente”.

Por mais de 30 minutos, Collor leu todo o plano que propôs e destacou, ainda, que entregará cópia a cada um dos senadores. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/alvo-de-impeachment-collor-afirma-desconforto-com-processo-de-dilma/ Alvo de impeachment, Collor afirma desconforto com processo de Dilma 2016-04-18
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