Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
A relação entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer entrou em 2016 como terminou em 2015, muito mal, apesar de os dois estarem com seus mandatos mais ameaçados na Justiça Eleitoral do que estavam ano passado. O vice continua na geladeira do Palácio do Planalto, mas também não tem interesse em se reaproximar.
A ameaça aos mandatos de Dilma e Temer é um pedido de impugnação da chapa feito pelo PSDB ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Por isso, o PMDB agora avalia que Temer pode vir a ser beneficiado, se a Câmara correr com o processo de impeachment, que ganhou uma nova força após a prisão de João Santana, o responsável pelas campanhas eleitorais do PT.
Em vez de se reaproximar, a intenção do vice, segundo aliados, é descolar-se ainda mais da presidenta, inclusive na defesa no TSE. De acordo com pemedebistas, muito embora a prestação de contas da chapa tenha sido única, os sistemas de arrecadação na campanha de 2014 foram separados e Santana respondia única e exclusivamente ao PT e à campanha à reeleição da presidente. Para mostrar que Temer teve uma participação secundária na campanha, o PMDB fez um levantamento do tempo reservado ao candidato a vice na televisão: duas aparições de 30 segundos cada, em 2014. (AG e Folhapress)