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Brasil Ameaçado e acuado pelas investigações da Operação Lava-Jato, o senador Renan Calheiros se volta a Alagoas e fala até de cemitérios

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Calheiros resolveu reagir de olho nas eleições de 2018 (Foto: Agência Senado)

Além de fazer críticas e afastar-se do presidente Michel Temer, o senador Renan Calheiros (PMDB) teve uma agenda movimentada nas últimas semanas. Entrou no Instagram, voltou ao Twitter, debateu o problema das vagas em cemitérios de Maceió e assinou a filiação ao PMDB de um prefeito que há pouco mais de dois anos o chamou de “ladrão de petróleo”.

Acuado pelas investigações da Operação Lava-Jato, Calheiros resolveu reagir de olho nas eleições de 2018. Sua meta é reeleger o seu filho, Renan Filho (PMDB), para o governo de Alagoas e conquistar mais uma reeleição para o Senado.

Para isso, luta contra a própria impopularidade. Réu em um processo que o investiga por peculato e alvo de outros 11 inquéritos por suspeita de corrupção, não terá um caminho fácil para voltar a Brasília em 2019. A disputa pelo Senado em Alagoas deve ser acirrada: há sete possíveis candidatos competitivos para duas vagas, quase todos no campo de oposição a Calheiros.

Os principais adversários devem ser os ex-governadores Ronaldo Lessa (PDT) e Teotônio Vilela (PSDB). Também surgem como possíveis candidatos o senador Benedito de Lira (PP), o ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa (PR), e a ex-senadora Heloísa Helena (Rede).

Entre os aliados de Calheiros, o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB), postula publicamente uma das vagas. Mas para acomodá-lo, o partido teria que disputar a eleição com uma chapa puro-sangue, toda ocupada pelo PMDB.

Adversários veem o afastamento de Calheiros de Temer como uma tentativa de desvencilhar-se da impopularidade do presidente. E também como uma forma de abrir um canal de diálogo com o ex-presidente Lula, que tem boa popularidade no Nordeste.

Desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o PT de Alagoas rompeu com o governador Renan Filho e entregou os cargos que ocupava. Presidente local do PT, o deputado federal Paulão diz que o partido segue na oposição, mas não descarta reaproximação: “Para o ano que vem, o processo é dinâmico”.

Além das implicações da Operação Lava-Jato, Renan Calheiros viu seus adversários locais crescerem nas eleições municipais de 2016. Mesmo tendo vencido em 38 das 73 cidades de Alagoas, o PMDB foi varrido das maiores cidades do Estado. Perdeu em Maceió e nas três maiores cidades do interior: Arapiraca, Rio Largo e Palmeira dos Índios.

“A eleição sinalizou um fortalecimento do nosso grupo político. Somente o PSDB governa metade da população alagoana nas cidades”, diz o deputado tucano Pedro Vilela. O prefeito reeleito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), é apontado como possível adversário de Renan Filho em 2018.

Para fazer frente ao crescimento dos adversários, Calheiros tenta atrair prefeitos para o seu campo político, com promessas de emendas e verbas do governo do Estado. Uma das principais conquistas foi a do prefeito de Teotônio Vilela, Joãozinho Pereira, que trocou o PSDB pelo PMDB. Ele foi um dos mais ferrenhos adversários dos Calheiros: chegou a chamar Renan de “ladrão de petróleo”.

O senador também tem buscado retomar o contato com antigos aliados. Alijados da chapa de Renan Filho em 2014, tradicionais clãs de Alagoas começam a ser contemplados com cargos: a família Albuquerque, que tem um deputado estadual e um federal, ganhou a Secretaria do Trabalho. (Folhapress)

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