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Mundo Americano é o primeiro homem a atravessar a Antártida a pé e sozinho

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Colin O'Brady, de 33 anos, relatou experiência nas redes. (Foto: Reprodução/Instagram)

O americano Colin O’Brady se tornou na quarta-feira o primeiro homem a atravessar a Antártida a pé, sozinho e sem assistência depois de uma aventura que levou 54 dias e 1.500 quilômetros.

O’Brady completou o percurso após um último impulso quase ininterrupto de 32 horas e 124 quilômetros que começou no dia 25 de dezembro.

O início da travessia foi no dia 3 de novembro no Acampamento Geleira União, após o americano, de 33 anos, partir dias antes da cidade de Punta Arenas, no Chile.

Na disputa com o capitão do Exército britânico Louis Rudd, de 49 anos, que levou a melhor nos primeiros dias, O’Brady ultrapassou o rival em 9 de novembro.

Rudd ainda segue na rota e pode se tornar o segundo homem a completar o desafio a pé, sozinho, sem assistência e sem ajuda do vento. Outros tentaram o feito antes dele, como o ex-militar britânico Henry Worsley, que morreu faltando 200 quilômetros.

O’Brady compartilhou nesta quinta-feira no Instagram um texto e uma foto da plataforma de gelo Ross, “onde a superfície da Antártida termina e o oceano de gelo começa”.

“Quando empurrei o meu trenó através desta linha invisível alcancei meu objetivo: me tornei a primeira pessoa na história a atravessar a Antártida de costa a costa sem apoio nem ajuda”, disse o americano.

“Se bem que as últimas 32 horas foram algumas das mais difíceis da minha vida e, honestamente, (também) foram alguns dos melhores momentos que experimentei”.

Embora O’Brady tenha percorrido 1.500 quilômetros para completar a travessia que começou no Acampamento Geleira União e terminou na plataforma de gelo de Ross passando pelo polo sul, o trajeto poderia ser feito em 1.480 quilômetros.

Na bagagem, O’Brady levava um saco de dormir para 40 graus abaixo de zero, painéis solares portáteis, esquis, telefones satelitais e modems, além de um GPS.

Antes da travessia, O’Brady foi submetido a um treino pesado, com o qual ganhou seis quilos, e de resistência ao frio, submergindo mãos e pés em cubos de água gelada.

Outros feitos

O esforço culminante de O’Brady se une a alguns dos feitos mais notáveis da história polar, entre os quais as expedições lideradas pelo norueguês Roald Amundsen e pelo inglês Robert Falcon Scott, que competiram para se tornarem os primeiros exploradores a chegar ao Polo Sul magnético. Também houve a magnífica travessia de Borge Ousland, em 1996-1997, quando ele tornou o primeiro homem a cruzar o continente sozinho e sem apoio –ainda que tenha sido ajudado por um parapente.

Desde então, pelo menos três outras pessoas haviam tentado reproduzir o feito de Ousland sem a ajuda do parapente, o que dificulta muito a tarefa e reduz a margem de erro. O’Brady se tornou o primeiro a obter sucesso ao chegar ao final do percurso cedo na tarde de quarta-feira, após 54 dias de jornada.

Em 2016, o inglês Henry Worsley, veterano das forças especiais do exército de seu país, morreu dias depois de ser resgatado por um helicóptero no gelo, quando estava tentando façanha semelhante. Ele havia percorrido 1.440 quilômetros e estava a 203 quilômetros de concluir a jornada. Em 2017, outro inglês, Ben Saunders, desistiu de sua tentativa no Polo Sul. Na quarta-feira, ainda outro inglês, Louis Rudd, 49, grande amigo de Worsley, continuava no gelo, tentando concluir a jornada.

Rudd vinha correndo contra o O’Brady na chamada Rota Messner, da plataforma de gelo de Ronne à plataforma de gelo de Ross, no sopé da geleira Leverett. Os dois aventureiros partiram de Punta Arenas, no Chile, em 31 de outubro, e iniciaram seu percurso na neve em 3 de novembro, partindo do campo-base da Antarctic Logistics & Expeditions (ALE) na geleira Union.

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https://www.osul.com.br/americano-e-o-primeiro-homem-a-atravessar-a-antartida-a-pe-e-sozinho/ Americano é o primeiro homem a atravessar a Antártida a pé e sozinho 2018-12-27
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