Quarta-feira, 29 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2022
Analistas estão revisando para cima as projeções para o dólar ao fim de 2022, independentemente do resultado das eleições no Brasil, com o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sendo eleito. Seja um partido de direita ou de esquerda no poder, o peso de um dólar mais apreciado vem mesmo é do exterior.
A moeda norte-americana está globalmente mais forte, como tem mostrado o índice DYX, que mede a força do dólar ante uma cesta de divisas. O Dollar Index opera nos maiores patamares em mais de 20 anos, acima de 112 pontos, enquanto o euro e a libra esterlina operam em seus menores níveis da história.
“A deterioração do quadro macroeconômico no Reino Unido serviu de elemento adicional para o fortalecimento do DXY”, comenta a equipe econômica do BTG Pactual.
Os receios de uma recessão na região, além da Europa e também nos Estados Unidos, têm sustentado a valorização da moeda junto à postura dos bancos centrais destas economias em elevar a taxa de juros.
Os economistas do BTG reforçam que o patamar atual da taxa de câmbio, entre R$ 5,15 e R$ 5,25, deve ser rompido nas próximas semanas devido ao cenário de dólar fortalecido no mundo.
“Portanto, o real deve apresentar nova rodada de depreciação e alcançar novamente a faixa entre R$ 5,30 e R$ 5,40. Acreditamos que os vetores globais sugerem que os próximos meses podem contar com surpresas negativas para o real”, observam.
O BTG destaca que, nos últimos 30 dias, as divisas emergentes apresentaram uma piora predominante, com destaque para as moedas da América Latina, como os pesos argentino e chileno. Porém, o real permaneceu neutro no período.