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Economia Analistas passam a estimar tombo de 3,76% para o PIB do Brasil de 2020 e inflação abaixo de 2%

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Economistas, ouvidos pelo Banco Central na semana passada, também projetaram corte maior dos juros neste ano e dólar mais caro

Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Os dados referentes ao PIB dos Municípios de 2018 foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Economistas do mercado financeiro ouvidos pelo BC (Banco Central) reduziram outra vez a previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e, também, sua estimativa para a inflação – que passou a ficar abaixo da marca dos 2%.

Além disso, os analistas dos bancos também passaram a projetar um corte maior da taxa básica de juros no decorrer de 2020 e elevaram para R$ 5 a previsão para o dólar no fim deste ano. As projeções fazem parte do boletim de mercado, conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (04) pelo Banco Central.

Produto Interno Bruto

Para o PIB de 2020, a expectativa de redução passou de 3,34% para 3,76%. Essa foi a décima segunda semana seguida de revisão para baixo do indicador.

Apesar da nova queda, a previsão do mercado para a contração do PIB brasileiro em 2020 ainda está abaixo da divulgada pelo Banco Mundial, que estima um tombo de 5%, e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que prevê queda de 5,3%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. A nova redução da expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão.

Nos últimos meses, tanto o Ministério da Economia quanto o Banco Central também revisaram suas estimativas e passaram a prever estabilidade (sem alta, mas também sem contração) do PIB neste ano.

Em 2019, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Para o próximo ano, a previsão do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto subiu de 3% para 3,20%.

Inflação abaixo de 2%

Segundo o relatório divulgado pelo BC, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 2,20% para 1,97%. Foi a oitava redução seguida do indicador.

A expectativa de inflação do mercado para este ano segue abaixo da meta central, de 4%, , também, do piso do sistema de metas – que é de 2,5% neste ano. Pela regra vigente, o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2021, o mercado financeiro reduziu de 3,40% para 3,30% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Taxa básica de juros

O mercado passou a prever corte maior da taxa básica de juros da economia brasileira nos próximos meses. Atualmente, a taxa Selic está em 3,75% ao ano.

A previsão dos analistas para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, colegiado que define o nível da taxa de juros, foi mantida em uma redução de 0,5 ponto percentual, para 3,25% ao ano. A reunião está agendada para terça e quarta-feiras (5 e 6 de maio).

Entretanto, para a reunião seguinte do Copom, marcada para meados de junho, o mercado passou a projetar um corte também de 0,5 ponto percentual na taxa Selic – para 2,75% ao ano. Até então, os economistas vinham prevendo um corte menor, de 0,25 ponto percentual, para 3% ao ano.

Para o fim de 2021, a expectativa do mercado caiu de 4,25% para 3,75% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem, embora em menor intensidade.

Dólar

A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 subiu de R$ 4,80 para R$ 5 por dólar. Para o fechamento de 2021, subiu de R$ 4,55 por dólar para R$ 4,75 por dólar.

Balança comercial

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 subiu de US$ 37,65 bilhões para US$ 42 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado avançou de US$ 35,50 bilhões para US$ 42 bilhões.

Investimento estrangeiro

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2020, recuou de US$ 72 bilhões para US$ 70 bilhões. Para 2021, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 80 bilhões.

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https://www.osul.com.br/analistas-passam-a-estimar-tombo-de-376-para-o-pib-do-brasil-de-2020-e-inflacao-abaixo-de-2/ Analistas passam a estimar tombo de 3,76% para o PIB do Brasil de 2020 e inflação abaixo de 2% 2020-05-04
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