Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2016
A crise de refugiados desequilibrou a UE (União Europeia). Enquanto a Alemanha da chanceler Angela Merkel tem se mostrado bastante receptiva aos imigrantes que chegam diariamente ao país, outros países anunciam medidas de confisco de bens e controle de fronteiras, além de uma sociedade que não demonstra boas perspectivas de convívio com os requerentes de asilo. A falta de uma política comum teria causado uma divisão entre os membros da UE.
A posição receptiva de Merkel em relação aos imigrantes também interferiu internamente na Alemanha. O número crescente de pessoas descontentes com a crise de refugiados levou à queda da popularidade da líder alemã, além de abrir espaço para opositores políticos.
Para o professor de Ciência Política da Universidade de Frankfurt Jens Borchert, a própria Merkel é responsável por esse cenário confuso. Ela está sendo criticada tanto por cidadãos que desejam que a entrada de refugiados seja livre, quanto pelos que a julgam liberal demais. “Muitos alemães não querem uma quantidade ilimitada de refugiados por medos irracionais de influências culturais estrangeiras muito fortes ou temores racionais de que o Estado alemão será sobrecarregado”, explicou Borchert. Em 2015, a Alemanha recebeu mais de um milhão de refugiados. (Claudia Müller/AE)