Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2025
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão de um lote falsificado de Mounjaro, medicamento usado no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, e um lote falso de Opdivo, usado no tratamento de alguns tipos de câncer.
No caso do Mounjaro, o lote 082024 teve a comercialização, distribuição e uso proibidos. A medida foi tomada após a Eli Lilly do Brasil, empresa que tem o registro do medicamento, comunicar que não produziu o lote.
Em agosto, a Lilly e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) emitiram alertas para o crescente número de falsificações de medicamentos injetáveis utilizados no tratamento de diabetes e obesidade. A fabricante alertou que, por ser um remédio administrado por via subcutânea, a esterilidade se torna uma preocupação de segurança ainda mais crítica.
Segundo a Lilly, alguns dos produtos analisados continham bactérias, altos níveis de impurezas, cores diferentes, como rosa em vez de incolor, ou uma estrutura química completamente diferente do medicamento original. Em pelo menos um caso, o produto nada mais era do que álcool.
A fabricante também alertou que não há qualquer outra versão de tirzepatida, composto ativo do Mounjaro, além da subcutânea. A empresa explicou que já foram vistos anúncios de pílulas, comprimidos, chip, spray nasal e outras versões orais de tirzepatida, mas nenhum órgão regulador avaliou a segurança ou eficácia de qualquer administração oral ou nasal da molécula.
Opdivo
O lote de Opdivo proibido tem o código ACS1603. Ação também ocorreu após a empresa que possui o registro do medicamento, a Bristol-Myers Squibb, dizer que desconhece o lote como original.
A Anvisa destaca que, por se tratar de produtos falsificados, não há nenhuma garantia sobre o conteúdo, a origem ou a qualidade desses itens. Por isso, eles não devem ser usados em nenhuma situação.
Caso lotes falsificados sejam identificados, eles devem ser comunicados pelos canais de atendimento da agência ou à Vigilância Sanitária (Visa) local.
Cuidados para evitar falsificações
Use o medicamento apenas sob prescrição médica;
Compre em estabelecimentos regulamentados;
Não compre em sites desconhecidos ou mídias sociais, apenas nos portais das próprias farmácias;
Inspecione a embalagem em busca de sinais de manipulação, como lacres violados, erros de ortografia e rótulos mal impressos;
Desconfie de preços muito abaixo dos aprovados pelo governo. Com informações do portal Estadão.
