Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de março de 2020
Apesar da epidemia do novo coronavírus, a ministra dos Jogos Olímpicos de 2020, Seiko Hashimoto, afirmou nesta quarta-feira (11) que é “inconcebível” o cancelamento ou o adiamento da competição.
Hashimoto admitiu que a decisão final se os Jogos de Tóquio serão ou não cancelados é do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas ela destacou que é “inconcebível”, tendo em vista a preparação dos atletas.
“Do ponto de vista dos atletas, que são os principais atores dos Jogos de Tóquio, quando se preparam para este evento que acontece uma vez a cada quatro anos, é inconcebível cancelar ou adiar”, disse Hashimoto no Parlamento.
A ministra ainda declarou que a preparação das Olimpíadas está seguindo normalmente. O início dos Jogos de 2020 está marcado para o dia 24 de julho, em Tóquio, com a participação de atletas de mais de 200 países.
Adiamento
Se não for possível manter a Olimpíada de Tóquio em julho e agosto deste ano devido ao coronavírus, a escolha mais provável é que ela seja adiada em um ou dois anos. Essa é a informação trazida na terça-feira (10) pelo jornal americano “Wall Street Journal”, que cita uma entrevista com Haruyuki Takahashi, membro do grupo executivo do Comitê Organizador da edição japonesa dos Jogos Olímpicos.
O Comitê ainda não finalizou as discussões sobre o impacto do vírus nos Jogos Olímpicos. No fim de março, deve ser realizada uma reunião do grupo executivo para estudar como o adiamento afetaria na realização de outros eventos esportivos, ainda de acordo com o periódico.
Takahashi afirmou que o dano financeiro ao cancelar a Olimpíada ou promovê-la sem a presença de espectadores seria grande demais. Um atraso de um ano, contudo, seria problemático porque os Jogos aconteceriam junto com outros eventos esportivos grandes como o futebol na Europa, e o beisebol e futebol americano nos Estados Unidos.
Um eventual cancelamento da Olimpíada de Tóquio 2020 reduziria o crescimento anual do produto interno bruto (PIB) do Japão em 1,4%. A informação é da agência “Kyodo News” com base no relatório da “SMBC Nikko Securities Inc.”, que projeta que a Olimpíada criaria demanda através do consumo de espectadores e da realização de eventos esportivos no total de 29 bilhões de reais.
A rede japonesa NHK fez uma pesquisa que mostrou que 74% dos japoneses têm medo de contrair o coronavírus. 45% creem que os Jogos serão afetados, 40% acreditam que não.