Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de junho de 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou decreto nesta quinta-feira (24) nomeando a advogada Maria Claudia Bucchianeri ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apoiada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e pela Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure), ela era a favorita ao cargo e estava na lista tríplice encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente.
Nas próximas eleições presidenciais, os ministros substitutos do TSE terão a missão de analisar questões de propaganda dos candidatos ao posto.
Dona de um disputado escritório de advocacia em Brasília, Maria Claudia entra na vaga destinada à advocacia na Corte eleitoral e substitui Carlos Bastide Horbach, que assumiu como ministro titular da Corte após Tarcísio Vieira de Carvalho Neto deixar o posto.
A nova ministra foi assessora-chefe da presidência do TSE na gestão do então ministro do STF Ayres Britto. Atualmente, é vice-presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania (Ablirc) e secretária-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).
Maria Cláudia é mestra em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Direitos Fundamentais pela Universidade de Coimbra. Também atua como professora de pós-graduação em Direito Constitucional e em Direito Eleitoral.
Em 2020, Maria Cláudia advogou na campanha de Lira à presidência da Câmara dos Deputados e, por ser advogada do PSC, atuou na defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em 2018, advogou no TSE para garantir o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A advogada figurou na primeira lista tríplice inteiramente composta por mulheres, uma iniciativa do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Além dela, disputavam a vaga as advogadas Marilda Silveira e Angela Baeta, ambas com trajetória em direito eleitoral.
Ao abrir a sessão de julgamentos na manhã desta quinta, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, manifestou as boas-vindas à advogada e lembrou que a escolha foi realizada a partir de lista tríplice inédita integrada apenas por mulheres, enviada pela Corte ao presidente da República.
Barroso destacou que, atualmente, o colegiado do TSE conta apenas com homens o que é “inaceitável no mundo em que se busca diversidade e paridade”.