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Mundo Após a Europa, a China também corre risco de crise energética

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Preços do combustível mais importante para a matriz energética chinesa, estão disparando. (Foto: Reprodução)

A China corre o risco de sofrer o mesmo caos causado pela crise energética observado na Europa. As usinas a carvão no país terão dificuldades para manter as luzes acesas no inverno, no fim do ano.

O jornal estatal “China Energy News” noticiou em 18 de setembro que os produtores locais de energia a carvão, que respondem por mais de 70% da geração de eletricidade do país, não conseguem mais comprar combustível suficiente após os preços dispararem.

Segundo ele, muitas usinas dizem que têm pouco carvão em estoque e é “quase impossível comprá-lo” neste momento. O jornal relata que muitas empresas enfrentam dificuldades com grandes perdas operacionais e algumas até desligaram geradores para cortar custos.

Os mercados de energia pelo mundo foram sacudidos pela disparada dos preços dos combustíveis, e as empresas energéticas lutam para obter insumos, de carvão a gás e óleos combustíveis.

O maior impacto da crise tem sido sobre a Europa, mas os EUA também não foram poupados. Os preços da eletricidade para os próximos meses estão no maior nível em sete anos.

Na China, a situação foi exacerbada pelas ambiciosas metas de combate às mudanças climáticas do presidente Xi Jinping, que frearam a mineração de carvão.

Uma escassez de energia na segunda maior economia do mundo pode jogar milhões de fábricas e residências no caos, especialmente no momento em que o consumo para aquecimento está prestes a subir por causa do inverno.

O “China Energy News” informou que os estoques dos produtores de energia chineses estão tão baixos que alguns até avisaram que só têm carvão suficiente para cerca de uma semana. O jornal hoje está ligado ao conglomerado do estatal “Diário do Povo”, mas antes pertencia à Administração Nacional de Energia, a principal agência reguladora de energia do país.

As geradoras de energia chinesas têm dado prioridade neste momento à aquisição de carvão e estão dispostas a pagar qualquer custo de frete, segundo o jornal, que citou um funcionário de uma usina na região nordeste, sem revelar seu nome.

O artigo conta que a empresa buscou suprimentos por todo o país, apenas para descobrir que rivais na província de Guizhou, que fica no sudoeste e também é uma grande produtora de carvão, competiam com eles.

Os preços do carvão saltaram para níveis sem precedentes depois que uma disputa comercial fez a China suspender as importações da Austrália. Ao mesmo tempo, uma onda de acidentes fatais na China levou a inspeções de segurança nas minas neste ano, o que reduziu a produção interna.

Os contratos futuros de carvão para termelétricas mais negociados em Zhengzhou fecharam a 1.057,8 yuans (US$ 164) por tonelada na última sexta-feira (17), alta de 76% com relação ao ano passado. No mercado à vista, os preços do carvão se aproximam de 1.700 a 2.000 yuans e, segundo o jornal, até algumas das usinas energéticas mais eficientes da China enfrentam perdas operacionais.

A demanda por carvão para termelétricas na China, que queima metade da oferta mundial, tem sido espantosamente alta neste ano, por causa da recuperação econômica pós-pandemia. Além da forte demanda, a oferta está prejudicada, pois fortes chuvas afetaram a produção na Indonésia e Austrália, os dois maiores exportadores.

A expectativa da IHS Markit é de um mercado aquecido, com preços relativamente altos nas próximas semanas, até que o movimento de tirar o atraso da demanda já tenha diminuído e as usinas chinesas tenham finalmente conseguido resolver a escassez de estoque que as aflige desde o fim de 2020.

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https://www.osul.com.br/apos-a-europa-a-china-tambem-corre-risco-de-crise-energetica/ Após a Europa, a China também corre risco de crise energética 2021-09-21
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