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Política Após Bolsonaro anunciar troca no comando da Polícia Federal, o ministro Sérgio Moro teria pedido demissão. O presidente tenta mantê-lo no cargo

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O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Sérgio Moro

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Bolsonaro tenta manter o ministro da Justiça no cargo. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro comunicou ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, nesta quinta-feira (23), que pretende trocar a diretoria-geral da PF (Polícia Federal), atualmente ocupada por Maurício Valeixo.

Bolsonaro informou ao ministro que a mudança deve ocorrer nos próximos dias. Moro, então, teria pedido demissão do cargo, e Bolsonaro tenta reverter a decisão do ex-juiz, de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo.

Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer Moro a permanecer no cargo, conforme o jornal. Se Valeixo sair, Moro sairá junto, segundo aliados do ministro, o mais popular do governo federal.

Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo. Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF. Moro, ao ser informado pelo presidente sobre a troca, chegou a dizer que seria muito ruim para ele, à frente do Ministério da Justiça, perder o seu braço direito.

Nesta quinta, o delegado se reuniu com os 27 superintendente regionais da PF nos Estados por videoconferência. Ele disse que está cansado e que já conversou com Moro sobre o seu desejo de sair do comando da corporação. Valeixo afirmou que o motivo da sua possível saída não tem relação com qualquer inquérito que eventualmente possa incomodar Bolsonaro.

Governador do DF

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, fez uma crítica dura à atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e disse que seu secretário de segurança no DF, Anderson Torres, que é amigo do presidente Jair Bolsonaro, seria um “ministro 100 vezes melhor” do que o ex-juiz da Lava-Jato.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Ibaneis disse que “Moro nunca fez nada” desde que chegou ao ministério e que seria melhor que voltasse para as investigações de corrupção.

“Ele nunca fez nada. Como ministro, não fez nada. Foi um grande erro do presidente. Moro está fazendo um péssimo trabalho”, disse o governador, que se aproximou mais do que nunca do Palácio do Planalto, tendo sido o único governador em todo País a ter participado, a convite de Bolsonaro, da coletiva sobre o avanço da pandemia do coronavírus, na quarta (22).

Sobre a postura do governo, que correu para aplacar os ânimos e manter Moro no governo, Ibaneis disse que “já passou da hora” de demitir o ministro da Justiça e que Bolsonaro “precisa parar de usar uma Bic”, e passar a usar uma “Montblanc”, em referência à grife de canetas mais caras do mundo.

“O presidente tem que exonerar essa turma, tem que usar logo uma Montblanc, e não uma Bic. Nomeado cumpre ordem. Cadê o Moro? Ele sumiu, ficou escondido, esperando a crise para aparecer depois como estrela”, disse o governador.

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