Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Após audiência, Ministério Público do Paraguai pede que Ronaldinho Gaúcho e o irmão sejam mantidos presos no país

Compartilhe esta notícia:

ronaldinho

Ex-jogador (C) e irmão foram detidos no Paraguai por uso de documentos falsos

Foto: Reprodução
Ex-jogador foi preso no Paraguai no início do ano. (Foto: Reprodução)

Ronaldinho Gaúcho, 39, e seu irmão Roberto de Assis, 49, chegaram algemados para uma audiência, às 10h deste sábado (07), no Palácio da Justiça, em Assunção (o horário local é o mesmo de Brasília). O ex-jogador cobriu as algemas com um pano. O objeto é visível nos punhos de Assis.

A audiência terminou às 13h, e o promotor Osmar Legal disse que a Procuradoria-Geral pediu a ratificação da decisão de manter Ronaldinho e seu irmão detidos no Paraguai. “Pedimos isso porque há perigo de fuga devido aos recursos econômicos que os acusados têm para deixar o país”.

O advogado de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, disse que “a colocação de algemas é um ato arbitrário, abusivo, desproporcional e com manifesto propósito de humilhação”. E acrescentou que a mudança da decisão sobre os brasileiros “foi orquestrada ao arrepio do devido processo legal e afronta o exercício regular de defesa e a presunção de inocência”.

Além disso, a defesa pediu que a prisão preventiva seja domiciliar e ofereceu o endereço de um imóvel, por ora de propriedade desconhecida. Alegou também que o irmão de Ronaldinho sofre de um problema cardíaco.

“Não consideramos que isso seja motivo para dar o benefício de uma prisão domiciliar porque se trata de uma condição de saúde que o acusado já tinha antes”, completou Osmar Legal. Ronaldinho passou a noite em uma cela com seu irmão e outras duas pessoas, um ex-deputado e o ex-presidente da Associação Paraguaia de Futebol, Ramón González.

​O ex-atleta e Assis deixaram a Agrupácion Especializada da Polícia Nacional, onde estão detidos desde a noite de sexta-feira (06), para comparecerem a uma audiência com a juíza Clara Ruiz Diaz. A decisão da juíza sobre a audiência deste sábado sairá nas próximas horas.

Na porta da Agrupácion Especializada, na manhã deste sábado, havia repórteres e alguns curiosos, mesmo depois de o ex-jogador já ter saído para a audiência. O local é considerado um presídio de segurança máxima.

A detenção preventiva no Paraguai é utilizada quando se acredita na existência do risco de fuga da pessoa investigada, e pode durar até 48 horas – prazo máximo para que o detido seja submetido a um juiz ou que a detenção seja revogada. Também foi pedida a prisão preventiva dos dois, medida que precisa de autorização judicial.

Segundo o Ministério Público paraguaio, Ronaldinho e seu irmão entraram na quarta-feira (04) no país portando passaportes e cédulas de identidades paraguaios falsos. Os números dos documentos apreendidos pertencem a outras pessoas, que estão detidas.

A defesa de Ronaldinho e Assis aponta o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira como responsável por entregar a eles os passaportes falsificados. Ele está em prisão preventiva. Duas mulheres, María Isabel Galloso e Esperanza Apolônia Caballero, donas das cédulas de identidade usadas para a adulteração, também foram denunciadas e estão em prisão domiciliar.

Na quinta-feira (05), o Ministério Público paraguaio havia decidido não acusar os irmãos pelo uso dos documentos falsos. De acordo com o promotor público Frederico Delfino, ambos “foram enganados em sua boa-fé” e acabaram beneficiados pelo “critério de oportunidade”, item do código penal paraguaio usado quando os suspeitos admitem delito e não têm antecedentes criminais.

Delfino defendeu que os irmãos deveriam ser punidos com multa ou prestação de serviço comunitário. O promotor, no entanto, deixou claro que a decisão final seria tomada por um juiz.

Na sexta-feira, uma reviravolta aconteceu após audiência de mais de seis horas com o juiz Mirko Valinotti. Ele decidiu que o caso deveria ser remetido para a procuradora-geral do Estado, Sandra Quiñónez, que deve revisar a decisão inicial da Promotoria em até dez dias. Poucas horas depois da audiência, ainda na noite de sexta, os irmãos foram detidos enquanto estavam no hotel Sheraton.

O ex-atleta chegou ao Paraguai com uma agenda repleta de compromissos. Convidado por Nelson Belotti, um dos donos do cassino Il Palazzo – que fica no hotel onde Ronaldinho estava hospedado inicialmente com seu irmão Assis – e pela empresária Dalia López, anfitriã da visita do pentacampeão do mundo ao Paraguai, Ronaldinho a princípio ficaria de 4 a 7 de março na região de Assunção.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Balanço global do coronavírus passa de 3.500 mortos e 104 mil contaminados
Hotel desaba na China com 70 pessoas em quarentena por coronavírus
https://www.osul.com.br/apos-audiencia-ministerio-publico-do-paraguai-pede-que-ronaldinho-gaucho-seja-mantido-preso-no-pais/ Após audiência, Ministério Público do Paraguai pede que Ronaldinho Gaúcho e o irmão sejam mantidos presos no país 2020-03-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar