Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
O dólar fechou estável em relação ao real nessa quinta-feira, após ter ultrapassado a marca de 3,80 reais, novamente reagindo à apreensão com a deterioração das contas públicas e com a continuidade do ajuste fiscal no Brasil.
A moeda norte-americana fechou no mesmo valor da véspera, a 3,759 reais.
Na máxima da sessão, a moeda atingiu 3,817 reais, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002, quando foi a 3,82 reais.
“[A queda] aconteceu justo quando a Câmara dos Deputados iniciou a votação da medida provisória que aumenta a alíquota da CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) do setor financeiro”, escreveu o operador da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa, em nota.
Segundo o texto-base aprovado pela Câmara, a CSLL subirá para 20% até 1 de janeiro de 2019, ante os atuais 15%, o que pode levar bancos brasileiros com subsidiárias no exterior a vender dólares para manter sua proteção cambial.
Mais cedo, preocupações sobre a economia brasileira seguiram entre as atenções do mercado. “Não tem novidade: o cenário local está cada vez mais deteriorado”, declarou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Essa forte valorização do dólar comercial refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Em casas de câmbio pesquisadas o valor passa de 4,20 reais. (AG)
