Sábado, 15 de junho de 2024
Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2017
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou neste sábado (04) como “ridícula” a posição do juiz federal de Seattle James Robart, que ordenou, em caráter temporário, a suspensão da ordem do governo para proibir a entrada de refugiados e imigrantes de sete países de maioria muçulmana.
“Quando um país não é mais capaz de dizer quem pode e quem não pode entrar e sair, especialmente por razões de segurança, [é um] grande problema”, escreveu o republicano no Twitter. “A opinião desse suposto juiz, que essencialmente leva a aplicação da lei para longe de nosso país, é ridícula e será anulada.”
Robart bloqueou o decreto de Trump nesta sexta-feira (03), em resposta a um recurso apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson. A medida, que vale para todo país, foi o golpe mais duro até agora contra o polêmico decreto, que gerou protestos nos Estados Unidos. O governo pode apelar da sentença.
Decisão “ultrajante”
Após o anúncio da decisão do juiz, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, divulgou um comunicado afirmando que o governo “fará uma suspensão de emergência desta ordem ultrajante e defenderá a ordem executiva do presidente, que acreditamos ser legal e apropriada”. Logo depois, uma declaração revisada foi enviada para remover a palavra “ultrajante”, segundo a agência de notícias Associated Press.
“A ordem do presidente tem a intenção de proteger a pátria e ele tem a autoridade constitucional e a responsabilidade de proteger o povo americano”, acrescenta o texto.
O Departamento de Justiça não tomou nenhuma decisão imediata sobre um recurso. “O Departamento espera rever a ordem escrita do tribunal e determinará os próximos passos”, disse em comunicado, segundo a Reuters.
A emissora americana CNN informou que companhias aéreas foram alertadas de que o governo começaria rapidamente a restabelecer vistos anteriormente cancelados, e que refugiados com vistos dos EUA também serão admitidos. (AG)