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Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2020
Entre abril e julho, 106 rotas foram retomadas e total em operação atingiu 231, número que equivale a 56,2% do mesmo período de 2019
Foto: DivulgaçãoCinco meses após o início dos efeitos do coronavírus na economia, o setor aéreo brasileiro começa a ensaiar uma retomada, mas o número de rotas disponíveis dentro do país até julho ainda era pouco mais da metade do oferecido antes da pandemia, apontam dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
O encolhimento da malha aérea atinge cidades do interior dos estados, de menor porte, e também aeroportos que servem basicamente a destinos turísticos nacionais, fortemente afetados pela pandemia.
Segundo a Anac, em abril, no auge dos efeitos recessivos da pandemia, o Brasil contava com 125 rotas domésticas ativas, ou seja, ligações entre dois aeroportos dentro do país com oferta de ao menos um voo regular.
Esse número equivale a menos de um terço (29%) do registrado em abril de 2019, quando eram 431 ligações ativas. Assim como em outros segmentos da economia, desde abril o setor aéreo ensaia uma retomada. Desde então, 106 rotas domésticas foram reativadas, com o total chegando a 231 em julho.
Mesmo assim, esse número é pouco mais da metade (56,2%) das 411 que estavam em operação em julho do ano passado. As empresas aéreas têm liberdade para ajustar a oferta de voos, por isso o número de ligações costuma variar ao longo dos meses, de acordo com a demanda, que costuma subir em períodos de férias ou no carnaval, por exemplo.
Apesar de ainda estar longe dos números anteriores à pandemia, o movimento de passageiros, que chegou a cair mais de 90% em alguns aeroportos, vem crescendo. No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o movimento da primeira quinzena de agosto equivale a 17% da média antes da pandemia. No aeroporto de Salvador (BA), chega a 20% e, em Confins, que atende à capital mineira Belo Horizonte, a 22,3%.
Interior e destinos turísticos
Todas as capitais, além de algumas cidades do interior, como Uberlândia (MG), São José do Rio Preto (SP), Imperatriz (MA) e Porto Seguro (BA), contavam com ligação aérea neste mês de agosto, de acordo com levantamento da Abear.
A suspensão de rotas atinge muitos aeroportos que atendem basicamente a destinos turísticos do País, fortemente afetados pela pandemia, como Jericoacoara (CE), Valença (BA), Caldas Novas (GO) e Bonito (MS). Atinge também cidades de menor porte no interior dos estados.
Segundo o levantamento da Abear, outros exemplos de aeroportos que estavam sem ligação em agosto são: Aeroporto do Vale do Aço, em Ipatinga (MG); Aeroporto de Macaé (RJ); Aeroporto de Caxias do Sul (RS); Aeroporto de Uberaba (MG); Aeroporto de Parauapebas (PA); Aeroporto de Ponta Grossa (PR); Aeroporto de Cruzeiro do Sul (AC); Aeroporto de Ji-Paraná (RO).
Esses aeroportos, aponta o levantamento, registravam, em março, entre uma e 32 decolagens semanais.