Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2022
O projeto, agora localizado na Av. Azenha, 608, já serviu mais de sete mil refeições para a população da capital.
Foto: Isabelle RiegerO novo espaço da Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) que distribui gratuitamente refeições para a população em situação de vulnerabilidade social, foi inaugurado nesta quarta-feira (15), com a presença do coordenador nacional do movimento, Guilherme Boulos.
Estruturada inicialmente em um terreno da União que não cumpria função social, ocupado pelo MTST em 26 de setembro de 2021, a antiga sede da Cozinha sofreu reintegração de posse após 18 dias de funcionamento. Agora, reabre em sede própria com o apoio de doadores e voluntários, na Av. Azenha, 608. O espaço vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 12h às 13h30, servindo em torno de 200 refeições por dia.
“Não tem Bolsonaro nem Paulo Guedes que consiga impedir o povo de se organizar para combater a fome, coisa que eles deveriam estar fazendo em vez de deixar 33 milhões de brasileiros sem comida no prato”, afirmou Boulos. “É o movimento social fazendo o que o governo não faz”, reiterou.
Ao todo, o MTST dispõe de 31 Cozinhas Solidárias espalhadas pelo país, que já serviram mais de 513 mil refeições gratuitas desde a inauguração da primeira unidade, em março de 2021. As doações para o projeto podem ser entregues diretamente nas sedes ou pelo site https://apoia.se/cozinhasolidaria.
“Sem medo do futuro”
Em Porto Alegre, Boulos ainda realizou o lançamento do seu livro “Sem Medo do Futuro”, que reúne ensaios sobre diversas temáticas do Brasil contemporâneo, como problemas econômicos, políticos e ambientais. O evento aconteceu na Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Foto: Leandro Paiva
“Escrevi este livro para contribuir com o debate sobre o futuro do Brasil, relatando experiências e discutindo questões relacionadas ao papel da esquerda no nosso país”, explicou o líder sem-teto. “Espero que ele seja uma pequena contribuição para acabarmos com o bolsonarismo, e que nos ajude a encontrar caminhos para que os brasileiros voltem a viver num país com justiça e dignidade”, complementou.
A renda obtida com a venda dos livros será integralmente revertida para as Cozinhas Solidárias.