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Rio Grande do Sul Após invasão de seus sistemas de informática, o Tribunal de Justiça gaúcho ficou parado pelo segundo dia consecutivo

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Corte pediu auxílio especializado para averiguar o caso

Foto: Arquivo/TJRS
Servidores tiveram que trabalhar com aplicativo WhatsApp e e-mail pessoal. (Foto: EBC)

Pelo segundo dia seguido, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) enfrentou nesta quinta-feira (29) uma série de transtornos por conta de instabilidades em seus computadores e sistemas de informação. O motivo – já confirmado na véspera pelo órgão – foi um ataque cibernético. O caso está investigado e não se descarta a hipótese de ação “hacker” realizada de fora do País.

O presidente da Corte, desembargador Voltaire de Lima Moraes, publicou decisão em que suspende os prazos processuais e administrativos. Serviços virtuais também foram suspensos, o que afeta de modo especialmente severo as rotinas do Tribunal em um contexto no qual o poder público e diversos segmentos enfrentam restrições ao trabalho presencial por causa das diretrizes de combate ao coronavírus.

De acordo com um comunicado oficial do TJ-RS, “estão sendo adotadas todas as medidas possíveis para o breve restabelecimento da normalidade, bem como para a identificação das causas e dos autores do ato criminoso”. A corte não informou um prazo para retomada total do serviço e os servidores foram recomendados a não acessarem a rede de forma remota.

Ainda conforme o órgão, equipes técnicas e o Núcleo de Inteligência do próprio Tribunal estão trabalhando, com apoio especializado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para solucionar o problema, que muitos já consideram como sem precedentes na história do Judiciário do Rio Grande do Sul. A Polícia Civil, por meio de sua delegacia de Repressão a Crimes Informáticos, também atuará na investigação.

Presidente do Conselho de Comunicação do TJ gaúcho, o desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira repassou à imprensa informações preliminares de que o invasor pode ter escolhido o órgão como alvo do ataque cibernético após uma espécie de cruzamento de dados.

Até o início da noite desta quinta-feira, nenhum grupo associado a esse tipo de atividade ilegal havia reivindicado autoria pelo crime ou exigido resgate financeiro para interromper a ação. “Ainda não há como prever quando isso chegará ao fim”, frisou Amaro da Silveira. “Trata-se de um atentado contra a democracia e a cidadania.”

Dentre as informações levantadas até agora está a de que a invasão hacker foi feita intencionalmente, a partir do donwload de algum arquivo infectado por vírus em um dos equipamentos conectados ao sistema do Tribunal – o que pode ter ocorrido até mesmo à distância, tendo como “hospedeiro” inicial alguém trabalhando em home office.

Situação caótica

A quinta-feira foi marcada por uma rotina caótica por muitos magistrados e demais servidores do Judiciário gaúcho. Além do risco da perda de processos e de outras informações digitalizadas, o jeito foi tentar amenizar as limitações impostas ao trabalho em meio à paralisação dos sistemas.

Equipes tiveram que recorrer a alternativas como usar o computador apenas para digitação de textos e dados, ao passo que houve juízes se comunicando por mensagens no aplicativo WhatsApp em seus telefones celulares, ou via e-mail pessoal.

(Marcello Campos)

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