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Brasil Após jantar com Temer, líderes de partidos aliados ao governo traçaram um cenário pessimista para a aprovação da reforma da Previdência

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Novas regras devem incluir um sistema de capitalização. (Foto: Agência Brasil)

Depois de o presidente Michel Temer promover um jantar para tentar reunir força política para a aprovação da reforma da Previdência, líderes dos principais partidos aliados traçaram um cenário bastante pessimista para os interesses do Palácio do Planalto.

Apesar de a proposta ter sido enxugada, deputados afirmam que “nada mudará” em relação ao apoio parlamentar, a não ser que a atual campanha publicitária do governo tenha êxito em reduzir a rejeição popular à reforma.

O jantar organizado por Temer na quarta-feira (22), no Palácio da Alvorada, reuniu cerca de cem dos 300 parlamentares que o presidente esperava atrair, o que contribuiu para o aumentar ainda mais o clima de desânimo. “Os líderes [das bancadas] foram em peso, mas não levaram seus liderados. Eu perguntei: ‘O que houve, vocês perderam a força da liderança’?”, lamentou, em tom de brincadeira, Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais aliados de Temer na Câmara.

O líder da bancada do PR, José Rocha (BA), que esteve no jantar, afirmou que nada mudou em relação à disposição da base. “Não tem influência, fica tudo na mesma. Proposta velha ou proposta nova, tanto faz, o tempo é que joga contra o governo. Qualquer matéria que tenha impacto na reeleição do deputado é complicada, não pelo mérito, mas pela proximidade da eleição”, disse.

Líderes dos dois maiores partidos do Centrão, os deputados Arthur Lira (PP-PB) e Marcos Montes (PSD-MG) apresentaram diagnóstico similar: só uma comunicação eficiente, que angarie apoio popular, salva a reforma. “O governo está se esforçando, a apresentação de ontem [jantar de quarta] foi muito eficiente, mas nós, deputados, já sabemos de tudo. A sociedade é que não está entendendo. O governo precisa melhorar a velocidade e a competência da sua comunicação”, disse Montes.

“O principal trabalho do governo é fazer uma comunicação bem feita. Já começou a melhorar, mas isso não funciona do dia pra noite”, reforçou Lira. Na semana passada, o governo lançou uma campanha publicitária de cerca de R$ 20 milhões para defender a reforma na TV. A propaganda ataca o que chama de “privilégios” dos servidores públicos e afirma que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”. Uma das principais bandeiras de Temer, a proposta de alteração das regras de aposentadoria precisa do apoio de mais de 60% dos deputados e senadores para ser aprovada, em dois turnos de votação em cada Casa.

Calendário

O governo mantém o discurso de que pretende votar a medida em 2017, mas deputados aliados falam que se for aprovada em 2018 “já estará de bom tamanho”.

A aliados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já admitiu que é muito difícil votar o primeiro turno da reforma em 6 de dezembro, como previsto. O Planalto queria colocar o texto para apreciação somente quando a base contabilizasse de 320 a 330 votos favoráveis.

Ainda no comando formal da articulação política de Temer – função que deve transferir ao PMDB –, o PSDB também não assegura apoio majoritário à nova proposta. O líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP), disse que a sigla está estudando o texto e que deverá propor nova flexibilização. “Se tiver isso, teremos maioria na bancada, se não, não haverá maioria.”

Deputados do PSDB não foram ao jantar no Alvorada. Cerca de 50 parlamentares, principalmente do PMDB e do PP, faltaram em retaliação após recuo na nomeação do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo no lugar do tucano Antonio Imbassahy.

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