Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2017
Os responsáveis pelo megaciberataque que derrubou sistemas de comunicação de diversos países nesta sexta-feira (12) receberam mais de 26 mil reais em pagamentos de resgate. O jornal Folha de S. Paulo conferiu os valores de transações recebidas nas carteiras de bitcoin listadas pelos criminosos no software “WannaCrypt0r” para receber os pagamentos. Até as 20h (de Brasília-DF) desta sexta-feira, as contas haviam recebido 28 transações, que totalizavam aproximadamente 4,88 bitcoins.
O bitcoin é uma moeda virtual, que pode ser comprada com dólares. Atualmente, segundo a empresa de câmbio itBit, um Bitcoin está cotado em aproximadamente 1.700 dólares (5.300 reais). Especialistas advertem que o pagamento do resgate deve ser evitado, já que não há garantias de que eles vão devolver o sistema “sequestrado” após a transação.
O programa malicioso, do tipo “ransomware”, faz aparecer nas telas de computadores mensagens pedindo o pagamento de um resgate em bitcoins para reativar o sistema infectado. Segundo especialistas, 74 países foram afetados. Inicialmente, o ataque atingiu redes internas de diversas empresas da Espanha. No Reino Unido, caíram os sistemas de tecnologia de ao menos 16 hospitais públicos. O bloqueio de computadores impediu o acesso a prontuários e provocou o redirecionamento de ambulâncias.
A ação foi feita com um malware espalhado pelas redes que atinge uma falha do Windows conhecida após o vazamento de ferramentas sigilosas usadas pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA). A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que o ataque faz parte de uma ação internacional e que não há evidências de que informações de pacientes tenham sido comprometidas. Segundo a Kaspersky, o país com o maior número de máquinas afetadas foi a Rússia. Há também relatos no Brasil, Japão, Turquia, Filipinas, Alemanha, entre outros.