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Mundo Após o boicote dos bancos, as farmácias do Uruguai que vendem maconha se reuniram com o governo do país para encontrar alternativas para a venda da droga

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Permissão entrou em vigor no dia 19 de julho em 16 estabelecimentos. (Foto: Agência Brasil)

Nessa quarta-feira, representantes de 16 farmácias do Uruguai se reuniram com membros do governo do país para encontrar alternativas capazes de manter a venda estatal de maconha (iniciada há quase um mês), depois que o setor bancário notificou que não trabalhará mais com empresas envolvidas na produção e venda da droga no país.

“Não se vislumbra que essas farmácias possam continuar operando dentro do sistema bancário tradicional”, declarou a jornalistas o advogado do Centro de Farmácias do Uruguai, após se reunir com o titular da estatal Junta Nacional de Drogas, Juan Andrés Roballo, para tentar destravar a inesperada situação.

Durán ressaltou que o sindicato agora maneja opções como a possibilidade de que as farmácias envolvidas possam abrir contas em cooperativas de poupança e crédito ou em redes de cobranças de contas, dois setores com ampla atuação no Uruguai. “O governo citou outra reunião para nos fazer uma proposta concreta”, acrescentou.

A preocupação dos farmacêuticos é grande, depois que os bancos privados anunciaram a sua negativa de operar com os comércios que se dedicarem à venda de maconha e de que um, o banco Santander, resolver fechar as contas desses clientes. Mas se tornou ainda maior depois que o estatal Banco República se somou à restrição.

Os bancos justificam a sua postura de que a nível internacional a venda de drogas é criminalizada e as normas financeiras em outros países impedem a relação e o recebimento de fundos provenientes dessa atividade.

Para não ficarem excluídas do setor financeiro, várias delas já consideram sair do sistema controlado pelo IRCCA (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis). Isso seria um duro revés para a lei e a política oficial das drogas uruguaias, que precisaria reformular a sua estratégia de venda.

Até o momento, apenas 16 estabelecimentos do setor de farmácias se inscreveram e estão habilitados a vender maconha produzida por particulares, porém sob o controle do Estado, segundo uma polêmica lei aprovada em 2013 (durante a gestão do presidente José Mujica) e que entrou em vigor no dia 19 de julho, resultando em longas filas de consumidores, antes mesmo da abertura das lojas.

Essa lei também permite o cultivo para consumo próprio e os clubes para ter acesso à droga. E para adquirir à erva, também é preciso estar registrado. Inicialmente, eram 5 mil inscritos, mas em duas semanas o número de compradores habilitados mais do que dobrou, passando de 11 mil. Eles podem obter 40 gramas de maconha por mês (10 gramas por semana) a um preço “tabelado” de 1,30 dólar por grama.

Contas

De acordo com a imprensa uruguaia, as farmácias e também os produtores e clubes de maconha que vendem o produto estão tendo as suas contas bancárias encerradas por bancos estrangeiros, dentre eles como o espanhol Santander. O brasileiro Itaú já analisa fazer o mesmo, em breve.

A medida atende a normas internacionais e exigências das matrizes dessas instituições financeiras, por isso estão impedidas de trabalhar com agentes vinculados ao comércio de drogas, mesmo quando as operações são realizadas dentro de um país onde ele é legalizado, como é o caso do Uruguai. Por esse motivo, clientes do Banco República, estatal uruguaio, não estão sendo afetados. É o caso do próprio IRCC.

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