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Cultura Após o escândalo sexual de 2018, a Academia Sueca vai entregar dois prêmios Nobel de Literatura esse ano

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Jean-Claude Arnault durante audiência em um tribunal de Estocolmo, em setembro de 2018. (Foto: Reprodução)

Após um escândalo sexual que adiou a entrega do Nobel de Literatura no ano passado, a Academia Sueca anunciou que este ano vai conceder dois prêmios, um deles relativo a 2018. A informação foi confirmada Anders Olsson, secretário interino da instituição ao site do jornal sueco “Dagens Nyheter”.

A entrega dos dois prêmios em 2019 já era cogitada no ano passado, mas a decisão ficou nas mãos da Fundação Nobel, que exigia reformas no funcionamento da Academia Sueca para aceitar essa solução. Após uma reunião da junta diretiva da Fundação, realizada esta semana, a decisão foi anunciada.

O adiamento da entrega do Nobel de Literatura no ano passado, o que não ocorria desde 1949, foi o auge de uma crise iniciada quando 18 mulheres denunciaram, em novembro de 2017, abusos de uma “personalidade cultural” próxima da Academia Sueca.

O acusado foi identificado depois como sendo o dramaturgo francês Jean-Claude Arnault, marido da poeta e acadêmica Katarina Frostenson. Arnault, que na época negou os assédios, foi condenado por um tribunal de Estocolmo a dois anos de prisão por estuprar duas vezes, em 2011, uma jovem em um apartamento da capital sueca. O estupro cometido só veio a público no contexto do movimento #MeToo.

Após a revelação do escândalo, seis membros da Academia Sueca renunciaram, incluindo a secretária permanente Sara Danius. A falta de quórum e a crise na qual a instituição se viu envolvida levaram ao adiamento da entrega do prêmio em 2018.

Com as saídas de Östergren, de 63 anos e membro desde 2014, e de Espmark, de 88 e com 37 anos na Academia, atualmente apenas 14 de seus 18 assentos estão ocupados, já que as autoras Kerstin Ekman e Lotta Lotass boicotam a instituição há anos.

A recusa da Academia a condenar a emissão de uma “fatwa” (édito islâmico) contra o escritor britânico Salman Rushdie provocou em 1989 a saída de Lars Gyllensten e da própria Ekman.

As outras três “demissões” ocorridas até agora foram por motivos pessoais (Werner Aspenström), em protesto pela concessão do Nobel em 2004 a Elfriede Jelinek (Knut Ahnlund) e em desacordo pela liderança da instituição (Lotass em 2011).

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