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Porto Alegre Após oito meses fechado, o Museu Júlio de Castilhos retoma atividades nesta quinta-feira com uma exposição inédita

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Localizada no Centro Histórico da Capital, instituição retoma atividades com uma série de protocolos sanitários. (Foto: Divulgação)

Após oito meses com portas fechadas ao público por causa da pandemia de coronavírus, o Museu Julio de Castilhos, no Centro Histórico de Porto Alegre, volta a receber visitantes a partir desta quinta-feira (19), em horários especiais. A retomada tem como destaque uma exposição inédita sobre o gênero feminino, além do já tradicional acervo da instituição, vinculada à Sedac (Secretaria da Cultura).

Localizado na rua Duque de Caxias nº 1.205, o casarão estará aberto de terças a sextas-feiras, das 10h às 17h. Mas o número máximo será de dez visitantes por vez, com aferição de temperatura corporal e obrigatoriedade do uso de máscara, além de higienização das mãos com álcool-gel. Dentro das salas, o distanciamento mínimo previsto é de 2 metros. As visitas guiadas, porém, continuam suspensas.

Para que a retomada das atividades fosse possível, a instituição passou por adaptações para prevenir a contaminação pela Covid. A maioria das peças expostas estará protegida por vitrines e cubos de vidro, a fim de impedir o toque por parte dos visitantes.

Já para as esculturas que permanecerão sem esse tipo de estrutura protetiva, o cuidado do visitante precisa ser redobrado: o contato será expressamente proibido, uma vez que o álcool-gel utilizado na assepsia das mãos pode afetar a cor, o verniz e outros aspectos dos objetos do acervo.

Mostra inédita

Para a reabertura ao público, a equipe do Museu Julio de Castilhos preparou a exposição “Narrativas do Feminino”, que conta histórias de mulheres que viveram entre o início do século 19 é o final do século 20. São lavadeiras, negras alforriadas, damas de elite e intelectuais. Em destaque, peças do acervo que pertenceram ao cotidiano do período.

Segundo a museóloga Doris Couto, e diretora da instituição, a mostra temática proporciona uma espécie de redenção das mulheres no âmbito do próprio Museu: “Nossas exposições permanentes sempre apresentaram o mundo dos homens, então é importante destacar também o papel de mulheres que contribuíram para o desenvolvimento do Estado”.

As demais exposições também foram especialmente preparadas para a volta do público. A exposição “Memória e Resistência”, que é modificada a cada seis meses, conta com 97 peças representativas do povo indígena.

A nova fase terá como foco a reapresentação das esculturas missioneiras, que receberão um olhar a partir da organização espacial do aldeamento nas Missões, assim como aspectos formais das esculturas que integram o acervo.

Também poderão ser vistas cerâmicas de 2 mil anos, arcos e flechas, um conjunto de bordunas, arte plumária e cestarias centenárias produzidas pelos Guaranis, Mbyá-Guarani e Kaingang, vindos do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

De acordo com Doris, a proposta é possibilitar a compreensão dos modos de vida dos povos originários e suas diferenças: “Com a falta de visibilidade, esses povos acabam sendo esquecidos ou colocados como um todo. São culturas ricas e cheias de simbolismo, que precisamos sempre ter na memória da história do Estado”.

Já o Jardim dos Canhões ganhou placas que contam a histórias das peças, como os canhões da Revolução Farroupilha (1835-1845) e os bancos em concreto armado, produzidos pela antiga fábrica de cimento Ferco, que pertenceram ao antigo Auditório Araújo Viana, então localizado junto à Praça da Matriz entre 1927 e 1967.

Informações adicionais sobre a instituição e seus eventos podem ser conferidos no site www.museujuliodecastilhos.rs.gov.br. Em caso de dúvida, o telefone é (51) 3221-3959 e o e-mail museujuliodecastilhos@gmail.com.

(Marcello Campos)

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