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Mundo Conservadores terão primeira candidata mulher à presidência da França

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Valerie Pécresse se descreve como "um terço Thatcher (Margaret), dois terços Merkel (Angela)". (Foto: Reprodução)

O partido conservador francês Os Republicanos elegeu neste sábado (4), em primárias, Valerie Pécresse como candidata a enfrentar o presidente Emmanuel Macron nas eleições do ano que vem. Será a primeira mulher da legenda a disputar o cargo. Para o partido, a candidata – uma representante da ala social-liberal – pode ter uma influência maior na campanha, ainda que com poucas chances de chegar ao segundo turno.

Chefe da região de Île-de-France, onde fica Paris, Pécresse se descreve como “um terço Thatcher (Margaret), dois terços Merkel (Angela)”. As pesquisas de opinião mostram a candidata, de 54 anos, com cerca de 11% das intenções de voto para as eleições de abril.

Com 61% dos votos na eleição de segundo turno do partido, ela derrotou o candidato da ala mais radical, Eric Ciotti, em uma disputa considerada um teste para saber se a legenda permaneceria ancorada em sua tradição de centro-direita ou se voltaria mais para a direita.

“Pela primeira vez em sua história, o partido de Charles de Gaulle, de Georges Pompidou, de Jacques Chirac, de Nicolas Sarkozy terá uma candidata à eleição presidencial. Penso em todas as mulheres da França. Muito obrigada aos militantes por sua audácia”, disse Pécresse, na sede do partido, após o anúncio dos resultados. “Vamos restaurar o orgulho da França e proteger os franceses.”

Pécresse pode potencialmente atrair os eleitores de centro-direita dos quais Macron depende muito, mas terá de buscar o apoio de eleitores mais conservadores também cortejados por candidatos de direita.

A candidatura inesperada do jornalista de extrema direita Eric Zemmour derrubou a expectativa de que a eleição presidencial seria uma repetição do duelo de 2017 entre Macron e Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, de extrema direita.

Embora mais moderada do que Ciotti, Pécresse e seus adversários nas primárias se voltaram ainda mais para a direita em temas como imigração e lei e ordem. Ela fez campanha com a promessa de reduzir pela metade o número de autorizações de residência para migrantes de fora da União Europeia, endurecer as sentenças judiciais em bairros difíceis onde a polícia está sob pressão e proibir as mulheres que acompanham seus filhos em viagens escolares de usar um lenço muçulmano.

“Eu sinto a raiva das pessoas que se sentem impotentes diante da violência e do aumento do separatismo islâmico, que sentem que seus valores e estilo de vida estão ameaçados pela imigração descontrolada”, disse ela.

A ex-ministra do Orçamento e ex-porta-voz do governo Sarkozy vai lutar para se diferenciar da posição política de Macron pró-negócios e de impostos baixos na frente econômica.

Ela disse que encerraria a jornada de trabalho de 35 horas semanais, aumentaria a idade de aposentadoria para 65, cortaria 200 mil empregos no setor público e construiria mais reatores nucleares.

Embora a centro-direita tenha governado a França durante grande parte de sua história do pós-guerra, ela lutou nos últimos anos, perdendo eleitores para Macron, que ocupou redutos importantes de seu território, e para a extrema direita.

As pesquisas de opinião até agora indicam consistentemente que Macron, que ainda não declarou oficialmente sua candidatura, ganhará um segundo mandato. A França nunca teve uma presidente mulher.

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