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Política Após quase 30% de abstenção, Tribunal Superior Eleitoral vai estudar razões e formas de combater ausência nas urnas

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A abstenção deste ano ficou ligeiramente abaixo dos números de 2020, ano em que o País enfrentava a pandemia de covid-19.

Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE
A abstenção deste ano ficou ligeiramente abaixo dos números de 2020, ano em que o País enfrentava a pandemia de covid-19. (Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a Corte se debruçará sobre os números de abstenção no segundo turno das eleições deste ano para entender as razões e como diminuir a ausência nas urnas. A abstenção chegou a 29,26% dos eleitores no segundo turno.

Em coletiva de imprensa no domingo (27), após o fim do segundo turno, a ministra ressaltou que cada região deverá ter suas especificidades apuradas. “Há um aumento de abstenção no segundo turno. Tivemos casos climáticos, outros problemas. Vamos verificar e ver o que podemos aperfeiçoar. Vamos ter que apurar em cada local e trabalhar com os dados”.

A abstenção deste ano ficou ligeiramente abaixo dos números de 2020, ano em que o País enfrentava a pandemia de covid-19. Na ocasião, 23,15% faltaram às urnas no primeiro turno e 29,53% no segundo.

Conforme a magistrada, houve cidades onde, do primeiro para o segundo turno, a abstenção aumentou neste ano, enquanto em outras o índice diminuiu, contrariando a tendência, apontada pela própria ministra, de crescimento do índice entre as etapas. “Houve município que teve 16% de abstenção e houve município com 30%”, relatou.

Diante desses números, a presidente da Corte afirmou que o TSE vai se debruçar nas próximas semanas sobre os números específicos de cada local para entender como diminuir o índice para as próximas eleições. A pesquisa deve ser feita pelos Tribunais Regionais Eleitorais e relatada à corte federal.

A ministra citou dois exemplos para provar seu argumento sobre a diferença entre as cidades. Segundo Cármen Lúcia, o Amazonas, que teve segundo turno na capital, apresentou uma abstenção menor que a média nacional. Manaus registrou quase 24% de ausência nas urnas. “No Amazonas, onde tínhamos uma preocupação em relação à estiagem, tivemos o menor índice de abstenção do que a gente tinha apurado”, explicou.

Já sobre Porto Velho, capital de Rondônia, a presidente explicou que o clima pode ter aumentado a ausência dos eleitores. “Porto Velho teve chuva intensa, então o eleitorado que, normalmente, vai de manhã teria que ter ido a tarde. Mas, por exemplo, para o eleitorado que tem o voto facultativo, isso desanima”, relatou. A capital registrou quase 31% de abstenções, contra 19% no primeiro turno deste ano.

O Rio Grande do Sul registrou o terceiro maior número de abstenções neste segundo turno das eleições 2024, com 32,41% de pessoas que não compareceram para votar. Os eleitores das cinco maiores cidades do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria) elegeram os prefeitos e vice-prefeitos.

A cada três eleitores de Porto Alegre, um não foi votar neste domingo de segundo turno de eleição. A taxa de abstenção na capital gaúcha é a mais alta entre as 15 capitais que definiram prefeitos, de 34,83%. Ao todo, 381.965 pessoas aptas a votar não foram às urnas na cidade. Conforme a legislação, as cidades com mais de 200 mil eleitores, onde nenhum candidato obtiver pelo menos 50% dos votos válidos no primeiro turno, haverá um segundo turno. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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