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Porto Alegre Após um ano, Centro de Porto Alegre ainda se recupera da enchente histórica

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As águas do Guaíba invadiram o Mercado Público no dia 3 de maio de 2024

Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil
As águas do Guaíba invadiram o Mercado Público no dia 3 de maio de 2024. (Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil)

O Centro de Porto Alegre ainda se recupera da enchente histórica de maio de 2024. Das muitas imagens chocantes da tragédia climática que arrasou o Rio Grande do Sul há um ano, a inundação do Mercado Público da Capital gaúcha está entre as mais marcantes.

As águas do Guaíba começaram a invadir o prédio histórico na manhã do dia 3 de maio do ano passado, obrigando os comerciantes a fecharem as lojas rapidamente. As águas atingiram mais de 1,5 metro de altura, superando a enchente de 1941, até então a maior já registrada em Porto Alegre.

Ninguém imaginava a dimensão da catástrofe que estava por vir. As perdas foram quase totais. “Quando avisaram que a água ia subir, todo mundo basicamente fechou as bancas, algumas pessoas tiraram algumas coisas e nós erguemos balanças, produtos e outros equipamentos a cerca de um metro do chão”, contou Carolina Kader, proprietária de uma loja de insumos e artigos para confeitaria no mercado.

“Era uma sexta-feira, a gente achou que voltaria no fim de semana para limpar, que a água teria baixado, e reabriríamos normalmente na segunda”, relatou. Ela só conseguiu retornar ao local para avaliar os prejuízos, assim como todos os demais permissionários, no dia 29 de maio, quase um mês após a inundação do ano passado. O Mercado Público só começaria a reabrir de forma gradual em meados de junho, após 41 dias de fechamento.

Inaugurado em 1869, o local tem 155 anos de existência. O prédio é um ponto turístico. Localizado no Centro histórico da cidade, oferece opções de alimentos in natura, como carnes, peixes, frutos do mar e frutas, bem como produtos de confeitaria, vinhos, erva-mate, artigos religiosos e pratos e lanches em restaurantes e bares.

O Mercado Público localiza-se perto de uma das estações da Trensurb, que conecta o Centro da cidade com a Região Metropolitana. Após a enchente, os trens ficaram sem circular por vários meses, o que impactou a movimentação no mercado e na região central da Capital.

Estima-se que o prédio histórico receba cerca de 40 mil visitantes por dia.”Nos tempos gloriosos, eram mais de 80 mil por dia”, destacou o vice-presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Jefferson Sauer.

A pandemia já havia mudado o contexto de ocupação do Centro Histórico, com redução da presença de empresas, bancos e outras corporações. A crise provocada pelas enchentes acelerou esse processo.

“A gente tem hoje aqui no Centro cerca de 5 mil imóveis desocupados. Então, acredito que a partir da ocupação desses imóveis, no contexto de uma revitalização da área central, do cais do porto, com formatos novos de ocupação, a gente possa recuperar esse público”, disse Sauer.

Recuperação gradual

Não há uma estimativa global dos prejuízos entre os permissionários do mercado. Para amenizar a situação, a prefeitura de Porto Alegre isentou o pagamento da mensalidade das lojas a todos os permissionários ao longo do ano passado. Este ano, voltou a cobrar, mas apenas a metade do valor do aluguel, para que as bancas consigam se reerguer completamente.

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