Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de setembro de 2022
Após meses em baixa, a popularidade do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a subir com a queda no preço dos combustíveis e uma maior mobilização em relação à proteção dos direitos reprodutivos das mulheres, bandeira defendida pelos democratas e que voltou a voltar no centro das discussões após a decisão da Suprema Corte em revogar o direito federal ao aborto.
A aprovação do presidente americano subiu para 45% em agosto, segundo pesquisa feita pelo NORC Center-Associated Press, após ter atingido 36% em julho, o menor patamar desde que Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021.
Apesar da melhora, os americanos permanecem desconfiados em relação aos rumos da economia. Biden continua sendo reprovado por 53% dos entrevistados, com a economia sendo a principal pedra no sapato do presidente: apenas 38% aprovam a condução econômica da Casa Branca.
Os dados de inflação divulgados nesta semana indicaram que a queda esperada não aconteceu, aumentando o receio dos governistas de que a economia pode minar o apoio a Biden.
A pesquisa foi divulgada semanas antes das eleições de meio de mandato nos EUA, que podem definir os rumos do governo caso os democratas percam maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.
No primeiro semestre, Biden e seu partido pareciam destinados a perder as maiorias, o que traria um enorme prejuízo para o governo e sua capacidade de aprovar pautas. A recuperação vista desde o início de agosto indica que a maré pode estar mudando a favor dos democratas, apesar do cenário ainda não estar definido.
Greve ferroviária
Sindicatos e empresas de transporte ferroviário chegaram, com a ajuda do governo americano, a um acordo para evitar o que seria uma greve catastrófica no setor. A decisão, que ainda precisa ser referendada pelos trabalhadores, foi celebrada pelo presidente Joe Biden, que tenta evitar uma derrota nas eleições legislativas de novembro, e cujos números de aprovação dão alguns sinais de alta.
Pelo acerto, supervisionado pelo secretário do Trabalho, Marty Walsh, um ex-sindicalista, os novos contratos terão um reajuste de 24% distribuídos ao longo dos próximos cinco anos, além de compensações financeiras pagas na assinatura do acordo. O plano, que seguiu as recomendações da Casa Branca, segue agora para aprovação dos sindicalizados, o que deve acontecer em algumas semanas — os trabalhadores se comprometeram a não realizar greves durante esse período.
Na manhã dessa quinta-feira (15), Biden, que se empenhou pessoalmente para que o acordo fosse firmado, comemorou.
“O acordo é uma validação do que sempre acreditamos, que sindicatos e as empresas podem trabalhar juntos para o benefício de todos”, declarou nos jardins da Casa Branca. “Essa é uma vitória para dezenas de milhares de trabalhadores ferroviários, para a sua dignidade e para a dignidade de seu trabalho.”
De acordo com a Bloomberg, citando pessoas próximas às conversas, o presidente americano ligou para os negociadores por volta das 21h de quarta, durante uma pausa para o jantar: ele disse que sair sem um acordo não era uma opção, e exigiu que os dois lados assumissem compromissos.