Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em carta aos eleitores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu ontem “serenidade e união entre partidos para que o futuro presidente promova ajustes necessários”. Na reta final de uma campanha extremamente acirrada, não passam de palavras ao vento. Os tucanos esperavam que se manifestasse em favor da candidatura de Geraldo Alckmin, mas preferiu voltar à condição de rei dos sociólogos brasileiros, pegando uma escada e subindo no muro.
Em qualquer país, ex-presidente tem o compromisso partidário de anunciar apoio a um candidato.
Contradições
1) Ciro Gomes tem dito que Fernando Haddad é candidato marcado para perder no segundo turno.
2) Haddad parece ter feito curso de meditação, denominado Desenvolvendo a Paciência.
3) Geraldo Alckmin afirma que votar em Jair Bolsonaro é abrir caminho para a volta do PT.
4) Alvaro Dias, querendo escapar do tiroteio verbal, declara que voto útil é “assinar atestado de burrice”.
5) Se as pesquisas estiverem certas, o segundo turno será disputado por Bolsonaro e Haddad, os candidatos mais rejeitados.
6) O centro sempre decidiu eleições presidenciais.
7) Alguns candidatos se ofereceram aos partidos de centro, que escolheram Alckmin, desprezando os demais.
Não assumem
Sobre a crise da Previdência, os candidatos à Presidência se dividem: há os que silenciam e os que fazem análises muito tímidas. Alguns não conhecem nem o bê-á-bá do problema. Outros têm medo de chegar perto das luvas para a cirurgia profunda que precisa ser feita.
Inconformado
Candidatos costumam manter comportamento respeitoso diante dos resultados das pesquisas. O único que contestava era Leonel Brizola. Agora, tem Ciro Gomes como seguidor. O que declarou ontem: “Não é razoável a população entregar seu voto e o futuro de sua família a institutos de pesquisa.”
Sucesso garantindo
Há um consenso na campanha: o jingle mais conhecido é o de José Maria Eymael. Criado em 1985, quando concorreu à Prefeitura de São Paulo e perdeu, repetiu nas demais eleições. Para Presidência da República, concorre pela quinta vez.
Se letra e música ajudassem (Ey, Ey, Eymael), estaria eleito.
Diagnóstico
Fernando Gabeira, em artigo recentemente publicado, resume o panorama político: “Se continuarmos assim, abrigados em tribos, acreditando apenas no que queremos aceitar, será cada vez mais difícil a vida de quem não habita os extremos.”
Quando falta dinheiro
O banco de dados do site www.radarppp.com informa que, no país, estão registradas 1 mil e 389 negociações de concessões e parcerias público-privadas (PPPs). Nas prefeituras são 855, abrangendo iluminação pública, lixo, água e esgoto. Com a crise nos cofres municipais e a necessidade urgente de obras, o número deverá dobrar em 2019.
O alarmista
O senador Airton Sandoval, do MDB de São Paulo, inscreve-se como candidato a constar no Guiness 2018 – Livro dos Recordes. Contrário ao horário brasileiro de verão, aponta consequências que considera danosas:
aumento da pressão arterial, agravamento do diabetes, privação do sono, irritabilidade, perda ou lapsos de memória, comprometimento do sistema imunológico, tremores, riscos relacionados com a obesidade e supressão do processo de crescimento em adolescentes.
A formação acadêmica de Sandoval é o Direito, longe da Medicina. Deve ter redigido o projeto baseado na famosa técnica do “ouvi falar”.
Olhando para trás
A História demonstra: a arma das estratégias fascistas é criar adversários.
Vem aí um campeão de vendas
Há vários editores interessados nos textos que Lula escreve na prisão. Querem transformar em livro. Um deles sugeriu o título: “Manda no mundo quem sabe se comunicar”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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