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Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2019
A Justiça manteve a prisão do argentino Daniel Puccio, que foi preso com documento falsificado em uma operação da PM Rodoviária na rodovia Castello Branco, em Itu (SP). A prisão em flagrante foi convertida em preventiva após Daniel passar por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17).
Segundo o G1 apurou, ele ficará preso até o julgamento. Inicialmente será encaminhado para o CDP de Pinheiros e, na sequência, deverá ser levado para a penitenciária de Itaí (SP), que é exclusiva para estrangeiros.
De acordo com o boletim de ocorrência, o passageiro estava dentro de um ônibus que seguia de Foz do Iguaçu e tinha como destino São Paulo.
A operação contra o tráfico de drogas parou o ônibus com 14 passageiros onde estava Daniel Arquimedes Puccio, membro de uma família criminosa conhecida nos anos 80 por sequestrar e matar as vítimas na Argentina. O caso foi contado em um filme e também em uma série.
Daniel teria ficado nervoso ao ver os policiais e entregou um RG falso, o que chamou a atenção por ser diferente da foto registrada no sistema.
Perguntado sobre o documento, ele afirmou que comprou, assim como uma CNH em nome de outra pessoa. Também havia com ele um passaporte com o nome real de Daniel e a quantia em dólares.
Sobre o dinheiro, ele contou que a quantia foi dada a ele pelo irmão e que pretendia ficar mais tempo no Brasil.
A ocorrência foi registrada no 4º Distrito Policial de Itu, onde foram feitas as pesquisas e constatado que seria da família que teve os crimes de repercussão há mais de 30 anos.
O delegado fez contato com a Interpol e foi informado que o nome de Daniel não constava na lista de procurados.
Segundo a polícia, não havia um mandado de prisão contra ele no sistema. A Polícia Civil o autuou pelo artigo 304 do Código Penal, o uso de documento falso.
Família Puccio
A família Puccio sequestrou e matou empresários em sua casa em San Isidro. O pai morreu em 4 de maio de 2013, aos 84 anos.
Segundo a imprensa argentina, Daniel, também conhecido como “Maguila”, é um dos únicos que mantiveram o nome.
Na época, os crimes chocaram o país. A história inspirou uma série e um filme. Maguila ficou preso por apenas dois anos e evitou a sentença de 13 anos de prisão quando deixou o país e voltou anos depois.