Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2022
A Polícia Civil do Pará investiga a morte da juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira, encontrada morta dentro de um carro no estacionamento de um prédio em Belém, no Pará, nesta terça-feira (17). O corpo apresentava um ferimento por arma de fogo. A arma, que teria sido encontrada junto a ela, pertencia ao marido, que afirmou que sua mulher cometeu suicídio.
Mônica Andrade era juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte, e estava com frequência em Belém, segundo os familiares. Ela era casada com um magistrado do Pará.
Em depoimento à Polícia Civil do Pará, o marido, juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior afirmou que teve uma discussão com sua esposa e que é dono da arma usada na morte de juíza Mônica de Oliveira, 47 anos.
A magistrada foi encontrada morta dentro de um veículo no estacionamento do prédio onde morava nesta terça-feira (17), em Belém. O corpo da vítima foi levado pelo próprio marido à delegacia.
Segundo o boletim de ocorrência com o depoimento do juiz, por volta das 22h30min da segunda-feira (16), João Augusto Júnior afirma que “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento” com a esposa.
Após a discussão, Mônica “arrumou suas coisas e desceu, informando que iria viajar”.
No depoimento, João Augusto disse que não achou a chave do carro na manhã desta terça. Segundo ele, pegou uma chave reserva e seguiu em direção à garagem do prédio. Ao chegar lá, teria visto que o veículo estava estacionado e com a porta aberta.
O magistrado disse no boletim de ocorrência que, “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” dele, que “sempre fica guardada dentro do carro”.
O juiz foi liberado após prestar depoimento e o caso segue em sigilo. A polícia informou que o caso é investigado pela Divisão de Homicídios e que “está adotando todas as medidas cabíveis para a elucidação do ocorrido”.
A magistrada era natural de Barra de Santana, na Paraíba. O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) disse que ainda não vai se manifestar sobre o caso.
“Estamos aqui, sem fazer pré-julgamento, mas queremos entender os motivos.” A fala é de Ivonete Ludgério, prima da juíza paraibana. De acordo com Ivonete, que é vereadora em Campina Grande, a família está muito abalada com o fato. “Nós estamos realmente muito abalados, foi uma mulher admirável que se foi”, diz Ivonete Barros
Segundo Ivonete, Mônica viajou na última quinta-feira (12) para o casamento de um casal de amigos, no Pará, e passaria uns dias no estado com o marido. “Ela viajou daqui na quinta-feira e devia ficar pelo menos uns 8 dias lá. Mas ele disse que eles brigaram ontem e ela resolveu vir embora. É o que ele conta e é isso que precisamos saber. Estamos muito abalados”, disse Ivonete.
Sobre o caso se tratar de suicídio, conforme registrado no boletim de ocorrência pelo marido, Ivonete diz não enxergar motivos para tal ação por parte da prima. “Ela era uma mulher bem resolvida, pessoalmente, socialmente, profissionalmente, espiritualmente incapaz de fazer uma coisa dessas”. As informações são do portal de notícias G1.