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Artes Visuais Arte contemporânea no RS: primeira sede própria do Macrs depende da reversão do Imposto de Renda dos gaúchos

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Museu ocupará terreno no 4° Distrito, em Porto Alegre, e terá um jardim de esculturas.

Foto: Reprodução
Museu ocupará terreno no 4° Distrito, em Porto Alegre, e terá um jardim de esculturas. (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez desde a sua criação, em 1992, o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (Macrs) contará com uma sede própria. Localizado no 4° Distrito, em Porto Alegre, o terreno que possibilitará a realização deste sonho foi uma doação do governo do estado, que alocará R$ 3,8 para a reforma do futuro prédio da instituição.

Além da quantia, outros R$ 1,68 milhões serão necessários, inicialmente, para criar condições de funcionamento para o museu. O valor será destinado à aquisição de mobiliário  e de equipamentos de informática, à criação do chamado Jardim das Esculturas e ao desenvolvimento de um programa de acessibilidade. Além disso, o montante também irá subsidiar a primeira exposição do Macrs 4D e um programa com ações educativas, culturais e capacitantes para a comunidade local.

O Plano Anual 2024 da instituição, onde estão previstas tais ações, prevê a captação dos recursos necessários através da Lei de Incentivo à Cultura / Lei Rouanet (Nº 8.313/1991). Desta forma, tanto o público geral quanto empresas podem destinar parte do seu Imposto de Renda para o projeto, ajudando na consolidação da arte contemporânea no estado.

A presidente da Associação dos Amigos do Macrs (Aamacrs), Maria Fernanda Santin, ressalta a importância das doações. “Essas pessoas vão estar fazendo o direcionamento do Imposto de Renda para um objetivo que vai durar para sempre. Elas vão ficar para a história do Macrs”, afirmou.

Maria Fernanda destaca as estruturas pujantes de museus no exterior, que levam à visitação de milhares de amantes das artes. “A  gente tem que pensar que essas estruturas só acontecem porque a sociedade civil está engajada através de doações. Aqui no Brasil, isso é possivel com essa questão de poder reverter imposto de renda, que é um incentivo super legal”, opinou.

“A partir do momento que tivermos a sede própria, com toda a infraestrutura programada, nós poderemos receber exposições importantes, que passam por São Paulo também e que poderão passar por aqui e vice-versa. Eu acho que esse é um movimento muito relevante, e que nós estamos só começando”, comentou, lembrando que é a primeira vez que o museu tem um plano anual aprovado.

Jardim das Esculturas

A nova sede conta com uma área de 1.753m² além do prédio, que será destinada à exposição de esculturas do acervo do museu. Os recursos arrecadados serão destinados para a execução do projeto de drenagem e a pavimentação do espaço, batizado de Jardim das Esculturas. “Hoje o Macrs tem diversas esculturas que a população não consegue apreciar, porque elas não têm um lugar apropriado para ficar”, contou a presidente da Aamacrs.

Atualmente, o museu funciona no 6° andar da Casa de Cultura Mário Quintana – também na capital do estado -, onde fica, também, a reserva técnica da instituição, que foi recentemente reformada. O espaço deve continuar operando como um braço do Macrs, mesmo após a inauguração da nova sede, que deve abrir ao público na segunda metade de 2024.

A primeira exposição do Macrs 4D já está marcada. “Natureza Plástica – Da margem à beleza”, do artista convidado Eduardo Srur, será a estreante do espaço. Nessa série de trabalhos, o artista resgata obras clássicas e as reproduz com sacolas plásticas de diversas cores. Dessa forma, devolve para a vida das pessoas, em forma de arte contemporânea, o plástico descartado, que, tal qual os clássicos renascentistas, ficará entre nós centenas de anos, tempo de decomposição do plástico.

“Eu tenho como objetivo fazer o que for possível para que o Rio Grande do Sul também possa ter um museu de arte contemporânea do porte que ele merece”, finalizou Maria Fernanda, reforçando o convite para que toda a população gaúcha se junte ao Macrs na estruturação de sua primeira sede.

Como ajudar

Tanto pessoas físicas quanto jurídicas optantes pelo lucro real podem reverter parte do Imposto de Renda pago para a causa. No primeiro caso, pode-se incentivar um projeto no limite de 6% sobre o IR. Já para as empresas, o limite é de 4%. O projeto está enquadrado no art.18 da Lei de Incentivo à Cultura, que permite abatimento de 100% do valor aportado pelo patrocinador.

As empresas patrocinadoras estarão em todos os materiais gerados pelo projeto, com inclusão de logomarca. Os doadores figurarão no hall de apoiadores e passarão a integrar a associação dos amigos do Macrs.

1º) Estime o quanto de IR líquido você ou sua empresa pagará. Sua declaração precisa ser no modelo completo e sua empresa ter o regime de Lucro Real.

2º) Calcule o quanto você pode doar: 6% do IR devido para Pessoa Física e 4% para Pessoa Jurídica.

3º) Faça o depósito na conta do Banco do Brasil exclusiva para o Plano Anual:

Banco do Brasil
Agência 2822-3
Conta: 39.328-2
CNPJ: 06.004.984/0001-65

4º) Após o depósito, envie o comprovante para contato@aamacrs.com.br. Você receberá o Recibo de Mecenato em seu nome ou empresa.

5º) No momento de realizar a declaração de IR de 2023, basta inserir o valor da doação na secção “Pagamentos e doações efetuadas” sob o código 41. O depósito já é identificado automaticamente pela Receita.

6º) O valor de doação será deduzido integralmente de seu imposto. Se você é pessoa física com retenção de IR na fonte, receberá o valor doado como restituição.

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https://www.osul.com.br/arte-contemporanea-no-rs-primeira-sede-propria-do-macrs-depende-da-reversao-do-imposto-de-renda-dos-gauchos/ Arte contemporânea no RS: primeira sede própria do Macrs depende da reversão do Imposto de Renda dos gaúchos 2023-12-04
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