Por conta do rombo recorde nas contas públicas neste ano, o Tesouro Nacional estimou que a dívida bruta do setor público, que inclui também Estados, municípios e empresas estatais, avançará para 94% do PIB no fim deste ano — “muito elevada se comparada com a média esperada para países emergentes de 62% para 2020”.
“Desta forma, torna-se fundamental acelerar o processo de consolidação fiscal para garantir o ambiente de juros baixos, a recuperação da capacidade de investimento do setor público e a segurança no financiamento das políticas públicas”, acrescentou a instituição.
Para o Tesouro Nacional, a crise que o País enfrenta pode se transformar em um “momento promissor para o avanço nas reformas, com foco na consolidação fiscal e na produtividade da economia brasileira”.
“Somente a continuidade da agenda de reformas pode manter um ambiente econômico favorável para a atração de investimentos, com juros baixos e inflação controlada, permitindo um crescimento sustentável da economia brasileira, o que é fundamental para o reforço do processo de ajuste fiscal e para o controle da dívida pública bruta e líquida”, acrescentou.
Dentre as reformas necessárias, o Tesouro Nacional cita a necessidade de aprovação da PEC do Pacto Federativo e da Reforma Administrativa, e também avançar nas reformas que influenciam o crescimento econômico, como a reforma tributária e projetos de modernização dos marcos regulatórios, entre outros.
“Quanto mais rápido conseguirmos criar o consenso político para a aprovação dessas reformas, mais rápido poderá ser a retomada do investimento, o crescimento da economia, a criação de empregos e o aumento da renda da população”, concluiu.

