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Brasil As distrações são o maior desafio no home office, dizem profissionais brasileiros que estão trabalhando em casa durante a quarentena

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O home office também significa que você provavelmente será bombardeado com alertas a cada segundo do dia. (Foto: Reprodução)

Um em cada cinco profissionais brasileiros indicam as distrações causadas pela presença familiar como o maior desafio do home office. A conclusão aparece em uma pesquisa realizada pela Robert Half com 240 profissionais entre 18 e 19 de março.

Naqueles dias, diversas empresas pelo país já haviam colocado seus funcionários de forma remota, como solicitado por autoridades para evitar o avanço do coronavírus no Brasil. Mais de 80% dos entrevistados disseram que estavam trabalhando de casa por conta da crise e 41%, do total da amostra, apontaram que suas organizações estavam oferecendo essa possibilidade pela primeira vez.

Como maior benefício, 53% deles apontaram o tempo que estão ganhando ao evitar se deslocar e 17% disseram que estão trabalhando com mais focado. A distração, porém, apareceu como maior dificuldade para 35 % do total de entrevistados – sendo cerca de 20% indicando que elas são causadas pela presença de familiares.

Essa percepção está diretamente ligada à situação extraordinária pela qual o país passa e não necessariamente reflete os desafios tradicionais do home office, segundo Maria Eduarda Silveira, gerente de recrutamento da Robert Half. “No home office tradicional, as pessoas conseguem se organizar mais, os filhos provavelmente estão na escola, o mercado funciona normalmente. Não é o que vivemos agora”.

Mais de um terço dos entrevistados disseram sentir a produtividade igual, independentemente do local de trabalho enquanto 47% afirmaram que ficam mais produtivos em casa. A percepção sobre os gestores também é positiva nesse momento. Cerca de 65% deles disseram que o chefe “confia totalmente” que eles estão produzindo as tarefas em casa.

Para ela, o fato de muitas empresas precisarem ter experimentado, de forma forçada, o home office nesse período irá influenciar mudanças nas relações de trabalho delas no pós crise.

Direitos e obrigações

A propagação do coronavírus no Brasil tem feito com que muitas empresas coloquem seus funcionários para trabalharem de casa, o chamado home office.

A pandemia também levou o governo a editar uma medida provisória que prevê algumas mudanças no regime do teletrabalho durante o período de calamidade pública.

Veja o que dizem os especialistas sobre jornada de trabalho, equipamentos e benefícios:

O teletrabalho, ou home office, pode ser adotado naquelas funções em que o empregado não é essencial no local de trabalho, e suas tarefas podem ser executadas de casa.

O advogado Fabio Chong explica que a reforma trabalhista de 2017 trouxe novas regulamentações para o teletrabalho. “Há um conjunto de regras que as empresas devem seguir. Uma delas, é que o grupo de empregados deve concordar em trabalhar em home office”.

Porém, a Medida Provisória 927, editada por Bolsonaro, estabelece algumas mudanças em relação ao que diz a lei trabalhista, devido ao estado de calamidade pública.

“O empregador poderá, a seu critério, alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, o trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância e determinar o retorno ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato individual de trabalho.”

Isso significa que a empresa poderá, sem uma negociação prévia com o trabalhador, estabelecer o home office. A decisão, porém, deverá ser comunicada com, ao menos, 48 horas de antecedência.

A empresa deve fornecer equipamentos?

Esse é um ponto controverso. Embora as empresas devam se responsabilizar pelo equipamentos dos funcionários, em casos emergenciais, como o da pandemia de coronavírus, podem faltar computadores, celulares e impressoras, por exemplo.

“Em casos normais, deve ficar estabelecido se o empregador vai colocar o computador na casa da pessoa, ou se vai pagar pela internet. Isso deve ser combinado”, diz Luciana Grandini Remolli, advogada vice-presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB-SP.

Nesse caso, a Medida Provisória diz que, caso o funcionário não tenha a estrutura necessária para realizar seu trabalho em casa, a empresa é responsável por providenciar os equipamentos.

E como fica a jornada?

De acordo com os advogados, a jornada de trabalho deve ser cumprida da mesma forma que o funcionário faria se estivesse na empresa.

No entanto, os especialistas alertaram para a importância do controle dos horários de entrada, saída e intervalo dos trabalhadores.

“Hoje é possível controlar a jornada por meio de aplicativos. Depende do ramo de atividade de cada empresa”, disse Luciana Grandini Remolli.

Como regra geral, o home office não implica em controle de jornada. A exceção é quando existe previsão expressa e em sentido contrário por meio de acordo ou convenção coletiva.

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