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Brasil As filhas da juíza assassinada pelo ex-marido no Rio de Janeiro foram socorridas por testemunhas, que temiam que as crianças também fossem mortas

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Testemunhas do assassinato da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, morta pelo seu ex-marido na véspera de Natal, contaram que foram elas quem protegeram as crianças enquanto o crime era praticado. Um casal, que saía de um restaurante próximo ao local, percebeu o engenheiro Paulo José Arronenzi em “atitude suspeita”, antes mesmo de a magistrada chegar de carro com as três filhas. Quando a juíza chegou, viram o agressor desferir “um forte golpe no rosto da vítima”. Foi aí que pediram socorro dentro do estabelecimento.

Segundo depoimento, um dos proprietários do restaurante foi imediatamete ao local tentar socorrer a juíza, que já estava caída no chão. Em seguida, uma das testemunhas, uma jornalista, pegou as três crianças, que tinham saído do carro da mãe, e correu com elas para longe da cena do crime. A medida foi tomada, segundo o relato, porque ela estava “com medo de que Paulo José tentasse contra a vida das meninas”.

Após saber que uma equipe da Guarda Municipal já havia prendido o engenheiro, a testemunha levou as três crianças para o restaurante. No local, os parentes foram acionados para resgatar as meninas, com idades entre 7 e 9 anos. Na sexta-feira (25), o assassino teve a prisão convertida em preventiva.

Escolta

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi teria aberto mão de escolta policial por acreditar que “o perigo havia passado”. De acordo com entrevista de uma amiga da vítima, a juíza deixou o esquema de proteção havia um mês por se sentir incomodada com a presença permanente de seguranças.

“Viviane era uma mulher forte, independente financeiramente e reservada. Estava refém de um relacionamento que demonstrava ser fatal. Ela procurou os órgãos oficiais, fez um registro de ocorrência e chegou a pedir uma escolta, mas pode ser que tenha achado que o perigo havia passado. Queria preservar as filhas”, contou a juíza Simone Nacif.

Andréa Pachá, escritora, juíza e também amiga da vítima, ainda afirmou que o silêncio marca muitos casos de feminicídio. “Essa violência ocorre em todos os locais e classes sociais. E o silêncio não é só por medo, mas pela convicção de que é possível reverter a situação com racionalidade.”

O casamento entre Viviane e Paulo José durou 11 anos e terminou em 2020. Segundo a Polícia Civil, em setembro, Viviane já havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido. A juíza acreditou que o ex-marido havia aceitado a separação e deu uma carona para que ele pudesse visitar as filhas. Entretanto, os dois se envolveram em uma discussão e ela foi ameaçada de morte. Após o episódio, Viviane solicitou medidas protetivas.

Ela chegou a circular com escolta, mas pediu para que a proteção fosse retirada. A escolta foi utilizada pela juíza somente nos meses de outubro e novembro. Depois, Viviane alegou que não era mais necessária a proteção.

O engenheiro Paulo José Arronenzi teve a prisão convertida em preventiva pela juíza Monique Brandão, em audiência de custódia. Em seguida, ele foi encaminhado para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte carioca, porta de entrada do sistema prisional.

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