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Por Redação O Sul | 2 de agosto de 2017
As indenizações envolvendo acidentes fatais no trânsito registraram aumento de 27% no primeiro semestre deste ano, em relação aos primeiros seis meses de 2016. No total, foram 19,3 mil indenizações pagas a herdeiros de vítimas fatais. Já o número total de indenizações por acidentes de trânsito caiu. Foram pagas 192, 1 mil indenizações de janeiro a junho deste ano, incluindo casos de morte, invalidez permanente e despesas médico-hospitalares. O número é 9% menor que no primeiro semestre do ano passado, quando foram registradas 210,3 mil indenizações.
A informação é da Seguradora Líder, responsável pela operação do DPVAT (Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). Conforme o diretor-presidente da empresa, Ismar Tôrres, a análise das estatísticas do Seguro pode contribuir para o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes mais efetivas.
“Seguindo as tendências dos anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 74%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. E os acidentes estão concentrados em um público muito jovem, entre 25 e 34 anos. Na última semana comemoramos o Dia do Motociclista e apresentar esses números nos deixa desolados”, ponderou Tôrres.
Sobre a análise dos óbitos, o Sudeste foi a região que concentrou a maior incidência dos acidentes dessa natureza (35%), seguido do Nordeste (31%), que teve maior participação das motocicletas nessa estatística. O Nordeste concentra apenas 17% do total de veículos do País, destacando o alto índice de fatalidade em acidentes envolvendo motos.
Vítimas
Como nos anos anteriores, a maior incidência de indenizações pagas, no primeiro semestre de 2017, foi para vítimas do sexo masculino (um total de 75%) . Nesse período, a faixa etária mais atingida foi 18 a 34 anos, um total de 94,1 mil indenizações. No período analisado, os motoristas foram as principais vítimas.
Em indenizações fatais, eles representaram 56% das indenizações pagas e 57% em acidentes com sequelas permanentes. Nesse cenário, formado por 82,1 mil motoristas, ao menos 73 mil eram motociclistas, um total de 89%. Os pedestres ficaram em segundo lugar nas indenizações por morte no período (26%), assim como nos acidentes com invalidez permanente (30%) e despesas médico-hospitalares (17%).
Fraudes
No primeiro semestre de 2017, a área de Combate à Fraude da Seguradora Líder mapeou pouco mais de 7 mil tentativas de fraude contra o DPVAT, evitando perdas da ordem de 90,4 milhões de reais. Somando esses recursos àqueles decorrentes de negativas técnicas e ações judiciais ganhas (por julgamento do mérito), a Seguradora deixou de pagar indenizações que, se consumadas, elevariam as perdas a 432,3 milhões de reais.
“O combate sistemático às fraudes poderá propiciar uma proposta de alteração na lei para aumentar os valores das importâncias seguradas, que estão sem alteração há dez anos. Isso beneficiará as verdadeiras e necessitadas vítimas, quando involuntariamente são envolvidas nos acidentes de trânsito”, reforçou Tôrres.