Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2020
Para infectar uma pessoa, o vírus precisa sair de um doente e entrar no organismo de outra pessoa. Ao tossir, falar ou espirrar, por exemplo, o vírus se espalha por meio das gotículas – não há indício de transmissão pelo ar sem ter relação com estas gotículas.
Estudos avaliados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o vírus pode persistir nas superfícies por algumas horas ou, até mesmo, vários dias. Isto pode variar e depende das condições do local, do clima e da umidade do ambiente.
Usando as gotículas como “transporte”, os vírus podem ficar em superfícies como maçanetas, apoios de transporte público, botões de elevadores, teclas de computador, celulares, entre outros.
Por isso, lavar as mãos retira o vírus da superfície do corpo e evita que, ao se coçar, por exemplo, ele entre em mucosas – como olhos, boca e nariz –, o que causa a infecção. (veja no vídeo no item abaixo a forma correta de lavar as mãos)
A proximidade do doente com a pessoa saudável pode permitir que essa “viagem” do vírus fique mais curta. Por isso, segundo os infectologistas, é hora de rever alguns hábitos sociais, como cumprimentar com beijos no rosto ou com um aperto de mãos.
“O costume latino-americano de abraçar, beijar, manter contato mais próximo pode vir a ser um risco maior para essas culturas”, disse Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. “É recomendável evitar esse tipo de contato físico.”
Como lavar as mãos corretamente?
As mãos devem ser lavadas com água e sabão, ou higienizadas com álcool. A recomendação é que a higiene seja completa, inclua a parte inferior da ponta das unhas e alcance também a região do pulso.
Que produtos de limpeza matam o coronavírus?
O novo coronavírus pode ser morto por produtos de limpeza desinfetantes de fácil acesso, como álcool 70%, água sanitária e até com a combinação de água e sabão.
“O vírus possui uma cápsula de gordura protetora, e a limpeza com estes produtos retira essa cápsula e mata o vírus”, afirma Wladimir Queiroz, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, especialista em doenças infecciosas e parasitárias e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia.
A boa notícia é que o coronavírus “não é um vírus muito complicado de matar, pois ele não é resistente no ambiente”, afirma Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.