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Celebridades As melhores frases de Aldir Blanc: “Sou rigorosamente ateu, cético, cínico e escroto, nessa ordem”

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O grande letrista da música brasileira era médico de formação. (Foto: Reprodução)

Às vésperas de Aldir Blanc completar 70 anos, em 2016, O Globo levou a ele perguntas de cantores, compositores, parentes e amigos. Veja abaixo algumas das melhores frases colhidas entre as respostas do letrista, autor dos versos de 500 canções, como o clássico “O bêbado e a equilibrista” (com João Bosco), eternizado na voz de Elis Regina.

Aldir Blanc morreu nesta segunda-feira, aos 73 anos. Com infecção generalizada em decorrência do novo coronavírus, Aldir estava internado no CTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, desde o dia 20 de abril.

Autorretrato:

“Sou rigorosamente ateu, cético, cínico e escroto, nessa ordem.”

Sobre fazer 70 anos:

“Fazer 70 anos é como ser atropelado por um caminhão-cegonha que, em vez de transportar carros, transporta guindastes e tratores.”

Sobre a inspiração:

“Quem letra é o garoto do curtíssimo período que passou em Vila Isabel, dos 3 aos quase 11 anos. Quando esse garoto morrer, o letrista, articulista, seja lá o que for, morre junto.”

Sobre a música predileta (de outro autor):

“A música mais bonita do mundo pra mim pode ser tirada do repertório do Noel Rosa. Pode ser ‘Feitiço da Vila’, ‘Três apitos’, pode ser uma que me fala ao coração de uma forma que não consigo ouvir sem chorar, que é ‘Último desejo’.”

Sobre a letra preferida (de sua autoria):

“E, das que fiz a letra, minha preferida é a que mais apanhou nas mãos e cucas pretensamente eruditas de imbecis, que é ‘O bêbado e a equilibrista’. Eu não tolero algumas críticas feitas à música. Falar que o verso ‘caía a tarde feito um viaduto’ é incompreensível, é de rara estupidez. Até porque o meu avô paterno passou segundos antes embaixo dele. E ele caiu e quase matou meu avô, que ficou empoeirado. Como não cai? Vai pro inferno.”

Sobre recomeços:

“Num conto que acabo de escrever sobre Vila Isabel, falo exatamente sobre isso, a necessidade de uma forma qualquer de recomeço. Que não é recomeço, é viver o dia a dia sabendo o que ele traz de novo. E não repetindo esse troço que estão nos empurrando, que é ridículo.”

Sobre experiência com a censura:

“(O censor) disse que o problema de ‘O mestre-sala dos mares’, que não tinha esse título ainda, era primeiro ‘O almirante negro’, ‘O navegante negro’, o problema era justamente a palavra ‘negro’. E o censor era negro. Ou seja, ele tava inteiramente vendido ao sistema. Foi minha primeira vez ao lidar com um racismo oficial.”

Sobre álcool e drogas:

“Não bebo há anos, abro raras exceções como hoje ou o dia em que meu pai morreu, então falta um pouquinho de álcool nas juntas. Droga nunca usei.”

Sobre gratidão a enfermeiros:

“Correndo por fora, tem uma música que fiz com Jayminho (Vignoli), ‘Amei uma enfermeira do Salgado Filho’ (‘Lupicínica’). Sou apaixonado por ela. Trabalhei e estive internado em hospital. E vi como essas pessoas se dedicam. De médico a paciente que passou por uma cirurgia duríssima (ele sofreu uma fratura no fêmur), sou muito grato à enfermagem. Fiz questão de deixar claro isso num samba-canção.”

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