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Saúde As mulheres são três vezes mais propensas a trocar sua orientação sexual do que os homens

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Orientação sexual feminina é mais flexível que a masculina, sugerem pesquisadores. Crédito: Reprodução

Ainda é complicado, para muitas famílias, a conversa sobre a orientação sexual dentro de casa. Além das dificuldades naturais, a maior flexibilidade de comportamentos que essa geração de jovens tem em relação aos seus desejos está deixando muitos pais de cabelo em pé. Um novo estudo, divulgado recentemente em Chicago, nos Estados Unidos, durante a Reunião da Associação Americana de Sociologia, põe ainda mais lenha nessa fogueira. Os pesquisadores sugerem que a orientação sexual feminina é mais flexível que a masculina e a direção do desejo das mulheres seria mais influenciada pelas experiências românticas vividas durante seu desenvolvimento do que a dos homens.

Segundo o trabalho, mulheres que foram classificadas como mais atraentes na adolescência (e se engajaram em relações amorosas bem-sucedidas desde cedo com homens) teriam maiores chances de se identificarem como exclusivamente heterossexuais na vida adulta. Além disso, as mulheres foram três vezes mais propensas a trocar sua orientação sexual do que os homens. As informações foram divulgadas pelo site Live Science.

Mas os pesquisadores insistem que não é o fato de as mulheres se sentirem menos atraentes que as faz “desistir” dos homens e tentar a sorte com outras mulheres, o que seria uma interpretação muito pobre dos dados. O que os sociólogos acreditam é que aquelas que fogem do padrão clássico de atração e beleza, definido pela sociedade, talvez se sintam mais livres para ter experiências distintas.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores acompanharam dados do Estudo Longitudinal de Saúde da Adolescência à Vida Adulta, uma pesquisa que está sendo realizada, nos EUA, com 14 mil jovens desde a década de 1990. Foram feitas entrevistas com garotos e garotas aos 16 anos (em 1994) e, depois, em 2002 e 2008.

Curiosamente, mulheres que tiveram filhos antes dos 22 anos tiveram mais chances de variar a orientação sexual do que as que engravidaram mais tarde. Em contraste, mulheres com maior nível educacional e as que foram classificadas pelos entrevistadores como mais atraentes (critério claramente arbitrário e influenciável pelos padrões sociais vigentes), tinham chance maior de se classificar como 100% heterossexuais.

Para os homens, aconteceu o inverso. Pais precoces tiveram maior chance de se considerarem exclusivamente heterossexuais na vida adulta. Já um melhor nível de educação se relacionou com maior possibilidade de variação. Para garotos, diferentemente das mulheres, ser considerado atraente na adolescência não influenciou a questão da orientação sexual mais tarde.
Experiências de vida.
De modo geral, os resultados mostram que, apesar de poder haver marcadores genéticos para o desejo sexual, existem outros fatores que reforçam a construção social da nossa orientação. Segundo os especialistas, não é que as pessoas escolhem o que vão sentir mas, sim, que elas podem ser influenciadas pelas suas experiências de vida.

O estudo atual também sugere que as coisas podem ser muito menos estáveis e definitivas do que a gente imagina aos 15 anos. (Jairo Bouer/AE)

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https://www.osul.com.br/as-mulheres-sao-tres-vezes-mais-propensas-a-trocar-sua-orientacao-sexual-do-que-os-homens/ As mulheres são três vezes mais propensas a trocar sua orientação sexual do que os homens 2015-09-06
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