Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2016
A Operação Lava-Jato deve avançar sobre PMDB do Senado e da Câmara dos Deputados no segundo semestre de 2016. Material colhido na Sépsis, terceira fase da operação deflagrada pela PGR (Procuradoria-Geral da República), deve abrir novos caminhos sobre políticos do PMDB. Parlamentares da legenda – incluindo caciques do partido – devem ser alvo de novos pedidos de abertura de inquérito e até de oferecimento de denúncia.
A Lava-Jato já avançou sobre dois supostos operadores do partido: cumpriu busca e apreensão na casa de Milton Lyra, apontado como lobista e operador da bancada do partido no Senado, e prendeu preventivamente Lucio Funaro, suposto operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ). Lyra arrecadaria dinheiro de empresas com interesse em projetos em tramitação no Senado; Funaro teria uma rede de empresas que realizam contratos fictícios para efetuar pagamento de propina.
Desde que a Sépsis foi deflagrada circularam histórias de que ambos, Lyra e Funaro, teriam interesse em conversar com os investigadores sobre eventual acordo de delação premiada. Investigadores da Lava-Jato dizem que só é possível comentar sobre eventual acordo de colaboração depois que os candidatos apresentam o material sobre o qual estariam disponíveis a falar.