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Brasil As termelétricas entraram em operação com a chegada da seca. Chuvas ficaram restritas à região Sul

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A estatal é um dos maiores investidores em termelétricas, gerando energia suja e cara. (Foto: EBC)

Com os reservatórios das usinas hidrelétricas em baixa devido ao período de seca, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já mantém em operação 62 usinas termelétricas em todo o País. No mês de julho, as chuvas ficaram restritas à região Sul, principalmente ao Rio Grande do Sul. No Sudeste, ocorreu chuva apenas no litoral.

Quando chove menos, e os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios, é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País. Com isso, os valores médios semanais do custo de operação de todos os subsistemas do SIN (Sistema Interligado Nacional) passaram de R$ 603,83 megawatts/hora (MWh) para R$ 763,77/MWh.

De acordo com a última atualização do ONS, o reservatório da usina de Furnas, o principal do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 27,90% de volume útil. O subsistema, que reúne 19 reservatórios, opera com 34,43% de energia armazenada. Já o Subsistema Sul opera com 49,57%; o Nordeste com 35,07%; e o Norte com 67,25%.

De acordo com o Programa Mensal de Operação de agosto, do ONS, para a semana de 28 de julho a 3 de agosto deve ocorrer chuva fraca a moderada na bacia do Rio Jacuí e precipitação de intensidade fraca no Rio Uruguai, ambas do Subsistema Sul. “A previsão mensal para agosto indica a ocorrência de afluências [volume de água] abaixo da média histórica para todos os subsistemas”, diz o documento.

Energia mais cara

Com o acionamento das termelétricas, o consumidor acaba pagando mais pela energia. No último dia 27, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu manter a bandeira tarifária vermelha, patamar 2, para o mês de agosto. Ela é acionada nos meses em que o valor do CVU (Custo Variável Unitário) da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 610/MWh. Nesta semana, já são 18 termelétricas nessa situação.

A bandeira vermelha, patamar 2, define o custo de R$ 5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.

Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de apresentar um valor que já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.

Sistema Cantareira

O governador de São Paulo Márcio França (PSB) descartou a possibilidade do Sistema Cantareira entrar no volume morto e de haver racionamento.

Em entrevista à Rádio Eldorado, nesta terça-feira (31), o governador disse acreditar que, para este ano, não há riscos. “Para esse ano dá (a água). Foram as ações corretas de fazer interligações de represas que produziram essa solução. A crise de estiagem esse ano é maior que as outras”, afirmou.

França ressaltou a necessidade de voltar a falar para a população sobre o uso racional da água. “Parece que não é uma coisa de um ano ou dois. Se isso ficar se repetindo todo ano, vamos ter problemas”, disse.

Nesta terça-feira, o nível do Sistema Cantareira caiu ainda mais, chegando a 39,6%. O Cantareira está em estado de alerta desde domingo (29), quando chegou a 39,9% de sua capacidade. Segundo as novas regras da operação anticrise hídrica, em vigor desde 2017, o sistema entra automaticamente na “faixa 3”, de estado de alerta, quando fica abaixo de 40%. Para ser considerado normal, precisa chegar a 60%.

A quantidade de água armazenada é a mais baixa para o mês de julho desde 2015, quando o Estado enfrentava a crise hídrica. Para o dia 30 do mês, o nível era de 63%, em 2017, e 46,9%, em 2016. Em 2015, as reservas estavam no volume morto, com capacidade em -10,5%.

O sistema permanecerá em estado de atenção enquanto estiver com volume útil acumulado entre 30% e 39,9%.

Embora a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) esteja bombeando quase o máximo de água possível pela transposição da Bacia do Paraíba do Sul. Apesar de o cenário de seca continuar, a Sabesp descarta risco de racionamento ao menos até o segundo semestre de 2019.

Na segunda-feira (30) choveu pela primeira vez em 46 dias em São Paulo.

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https://www.osul.com.br/as-termeletricas-entraram-em-operacao-com-a-chegada-da-seca-chuvas-ficaram-restritas-a-regiao-sul/ As termelétricas entraram em operação com a chegada da seca. Chuvas ficaram restritas à região Sul 2018-07-31
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