Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política A Associação dos Procuradores da República diz que procurador do Paraná é vítima de armação

Compartilhe esta notícia:

Procurador da república, Januário Paludo. (Foto: Divulgação)

O doleiro Dario Messer afirmou em mensagens trocadas com sua namorada, Myra Athayde, que pagou propinas mensais ao procurador da República Januário Paludo, integrante da força-tarefa da Lava Jato do Paraná. Os pagamentos estariam ligados a uma suposta proteção ao “doleiro dos doleiros” em investigações a respeito de suas atividades ilegais.

Os diálogos de Messer sobre a propina a Paludo ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidos pela Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro durante as investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio.

Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

A Lava Jato do Rio informou que já enviou o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão que deverá definir as providências a serem tomadas. Também consultada pela reportagem, a força-tarefa de Curitiba afirma que Paludo preferiu não se manifestar.

Januário Paludo

Paludo é um dos procuradores mais antigos da Lava Jato. Integra a força-tarefa de combate à corrupção desde sua criação, no ano de 2014.

Membro do MPF desde 1992, o procurador regional da República Januário Paludo sempre foi tido como uma referência para os membros da Força-Tarefa da Lava Jato, devido o fato de ser o mais experiente entre eles.

Não por outra razão, um dos grupos criados no aplicativo Telegram para que os procuradores trocassem mensagens, cujo conteúdo foi revelado por uma série de reportagens do site The Intercept Brasil, se chamava “Filhos de Januário”.

O primeiro caso de repercussão em que ele atuou foi o do Banestado, investigação sobre lavagem de dinheiro e evasão de divisas movimentou R$ 30 bilhões nos anos 1990 e é considerada um laboratório da Lava Jato.

Paludo compõe o núcleo duro da força-tarefa é e uma espécie de conselheiro do coordenador Deltan Dallagnol. Ele também mantém uma relação de amizade com o ex-juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça e da Segurança Pública.

Nota da ANPR

Após a acusação de que Januário paludo teria recebido propina de Dario Messer, a Associação Nacional dos Procuradores da República publicou uma nota pública em seu site uma nota pública em seu site:

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) repudia ilações infundadas sobre recebimento de propina pelo procurador Regional da República Januário Paludo pautadas unicamente a partir de suposta mensagem do doleiro Dario Messer, criminoso confesso, a Myra Athayde, igualmente sob investigação.

A força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná, integrada por Paludo, nem sequer atuou na ação penal que tramitou contra Messer em Curitiba, e não atua na investigação específica sobre ele que tramita no Rio de Janeiro, onde o doleiro é alvo de apuração por outros procuradores.

Em situações anteriores, procuradores envolvidos na Operação Lava-Jato, assim como integrantes da Polícia Federal e do Judiciário, foram citados por criminosos, sem qualquer fundamentação, como alvo de recebimento de propina, com o único intuito de tentar manchar a reputação do trabalho desenvolvido para desarticular organizações criminosas que durante décadas atuaram em desvios bilionários dos cofres públicos.

A própria utilização explícita da palavra “propina” entre criminosos, pouco usual, indica tentativa de direcionar suspeitas para atingir pessoa específica.

Paludo é membro do MPF desde 1992 e tem a atuação, competência e probidade reconhecidas, não apenas nessa investigação, mas em todas das quais participou. Por essa razão, a ANPR expressa apoio ao procurador e a todos integrantes da Operação Lava-Jato e repudia ilações que visem a denegrir a imagem desses, baseadas em suposições e provas sem fidedignidade.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Líderes dos partidos do Centrão e da oposição acertaram uma estratégia para derrotar o ministro Sérgio Moro na votação do projeto anticrime
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que inicialmente achou “uma esculhambação” o projeto do Banco Central para limitar o juro do cheque especial, mas terminou convencido de que isso não fere ideias liberais
https://www.osul.com.br/associacao-dos-procuradores-da-republica-diz-que-procurador-do-parana-e-vitima-de-armacao/ A Associação dos Procuradores da República diz que procurador do Paraná é vítima de armação 2019-12-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar