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Política O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que inicialmente achou “uma esculhambação” o projeto do Banco Central para limitar o juro do cheque especial, mas terminou convencido de que isso não fere ideias liberais

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Em entrevista exclusiva ao GLOBO, ministro da Economia se diz mal interpretado sobre A-I5, mas defende 'ordem'. (Foto: Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes , avalia ter feito a “aposta” certa ao embarcar no projeto de Jair Bolsonaro . Embora admita que o presidente tenha colocado um freio, Guedes diz manter o apoio dele na condução das reformas — que considera essenciais para o crescimento. Em entrevista ao Jornal O Globo, o ministro chama o Congresso de “reformista” e afirma que a governabilidade se formou em torno da agenda econômica. Alvo de críticas por ter dito, na semana passada, que protestos poderiam levar a “alguém pedir o AI-5” , Guedes alega ter sido mal-interpretado, mas voltou a tratar o instrumento de exceção da ditadura como contraponto a manifestações violentas. Veja trechos com as melhores partes:

1) Antes de o presidente Jair Bolsonaro ganhar a eleição, o senhor disse que, se não houvesse apoio dele às reformas e governabilidade para executá-las, sua presença no governo não estaria garantida. Um ano depois, qual é o seu diagnóstico?

Eu fiz uma aposta muito clara lá atrás, e minhas expectativas estão se confirmando. O presidente apoiou o programa até hoje. Apoiou a reforma da Previdência, o pacto federativo, mas diz que é uma questão de timing político. É falso dizer que o presidente não apoia a reforma administrativa, por exemplo. É timing político. A mídia também tem apoiado 100% a agenda econômica. Então estou superfeliz. E o que está acontecendo no Congresso? Primeiro, houve um choque inicial. Depois, absorveu. Hoje, Senado e a Câmara dos Deputados estão abraçando as reformas. Para as reformas, eles deram governabilidade. O presidente defendeu uma coisa ou outra corporativa. Mas ele apoiou o resto.

2) Mas não houve articulação política da parte do governo em prol da governabilidade.

O que está acontecendo é o seguinte: já existe a nova política. Ela já está acontecendo. Temos um Congresso reformista sem que o governo tenha tomado a frente. Há um clima de total cooperação. Os senadores estão com as equipes acampadas no ministério (da Economia) tratando do pacto federativo. A governabilidade está sendo feita em cima da agenda de reformas.

3) E como fica a reforma administrativa?

O presidente me assegurou que apoia a reforma administrativa . O problema é timing . Você não quer dar um pretexto pro sujeito fazer quebra-quebra na rua.

4) O senhor desistiu?

De jeito nenhum. Vai haver a reforma administrativa. Só que, nesse timing , você dá pretexto para os outros fazerem bagunça. Quando você bota quatro reformas, pelo menos uma começa a fazer bagunça.

5) As ruas não têm demonstrado risco de manifestação.

Mas tem gente chamando. É uma insanidade. Chamar pra rua manifestação ordeira e pacífica, como a que fazem quase todo fim de semana, problema nenhum. Agora, chamar para a rua para fazer igual no Chile e quebrar tudo foi uma insanidade, irresponsabilidade.

6) Há uma desaceleração da agenda de reformas?

Como economista, eu não tenho dúvida de que quanto mais rápido você implementar as reformas, mais rápido o país retoma o caminho do crescimento sustentável e mais baixo é o risco de acontecer o que aconteceu na Argentina . Acelerando essa agenda, eu acho que ele poderia perfeitamente crescer 1% este ano, 2% no ano que vem, 3% no seguinte e 4% no último ano. Se nós acelerarmos as reformas agora, os frutos estarão colhidos ali na frente. Mas digo isso como economista. Agora, tem também o processamento político das reformas. Nós estávamos em um caminho. E aí, de repente, começa a confusão na América Latina . Bagunça, desordem, aí o timing politico começa a mudar.

7) O filho do presidente falou em AI-5 antes de Lula ser solto e chamar manifestações.

O (deputado) Eduardo (Bolsonaro) não falou isso do nada . Quebraram tudo no Chile. Aí o Lula sai da cadeia e fala: vamos fazer igual no Chile. Eu estava advertindo contra isso, em defesa da democracia.

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https://www.osul.com.br/o-ministro-da-economia-paulo-guedes-reconheceu-que-inicialmente-achou-uma-esculhambacao-o-projeto-do-banco-central-de-limitar-juro-do-cheque-especial-mas-terminou-convencido-de-qu/ O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que inicialmente achou “uma esculhambação” o projeto do Banco Central para limitar o juro do cheque especial, mas terminou convencido de que isso não fere ideias liberais 2019-12-01
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