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Brasil Ataque em Criciúma durou mais de uma hora e a prefeitura pediu ajuda a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades gaúchas

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Veículos utilizados pelos bandidos foram encontrados em um milharal. (Foto: Reprodução/GloboNews)

O Centro de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, viveu uma madrugada de terror nesta terça-feira (1º) após uma quadrilha de criminosos sitiar a cidade para assaltar uma agência do Banco do Brasil.

Armados de explosivos, pistolas e fuzis, um grupo invadiu a tesouraria regional do banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade. Eles ainda usaram reféns como escudos e dispararam várias vezes. Duas pessoas ficaram feridas, entre elas um policial militar e um vigilante.

Segundo o 9ª Batalhão da Polícia Militar (9º BPM), cerca de 30 homens encapuzados iniciaram a ação com armas de grosso calibre (5.56, 7.62 e .50). Os criminosos efetuaram diversos disparos, às 23h40, em direção ao Batalhão atingindo vários cômodos. A prefeitura da cidade pediu ajuda a batalhões de municípios vizinhos e também para cidades do Rio Grande do Sul.

Cerca de 10 minutos depois, veículos da Rádio Patrulha da PM cruzaram com um dos veículos utilizados pelos criminosos e trocaram tiros. Ninguém morreu, mas o soldado Jeferson Luiz Esmeraldino, de 32 anos, foi atingido por um disparo na região do abdômen e levado para o Hospital São José. Ele passou por três intervenções cirúrgicas, apresenta um quadro de hemorragia e, segundo a PM, o estado de saúde dele é gravíssimo.

Em seguida, os criminosos foram em direção a área central de Criciúma, fecharam ruas, abordaram alguns veículos e iniciaram uma série de disparos. Para efetuar o roubo, eles utilizaram explosivos e pessoas foram feitas reféns. Em uma das ruas da cidade, elas foram obrigadas a sentar no meio da pista. Os bandidos também construíram bloqueios e barreiras para conter a chegada da polícia ao local do crime.

Os criminosos conseguiram fugir em direção a cidade de Nova Veneza, por volta de 2h da manhã, mas deixaram parte do dinheiro espalhado pelas ruas. Também foi confirmada a utilização de um caminhão de lixo para realizar o roubo.

Já na manhã desta terça, quatro pessoas da cidade foram detidas depois de recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão após a explosão durante o assalto. Segundo a Polícia Civil, eles foram encontrados em um apartamento com o dinheiro dentro de duas malas. Dois suspeitos de 24 anos e outros dois de 27 e 28 anos devem ser encaminhadas ao Presídio Regional. Além disso, a polícia encontrou espalhado pelas ruas cerca de R$ 300 mil.

“Eles não conseguiram carregar todo o dinheiro. Na verdade, tem quatro presos aqui que se aproveitaram da situação. O dinheiro ficou caído e quando a minha equipe chegou no local, inclusive tinha um indivíduo tentando carregar o dinheiro e a gente fez a abordagem”, afirmou o delegado Ulisses Gabriel.

Às 6h30 da manhã, a polícia encontrou 10 carros de luxo, com placas do estado de São Paulo, utilizados pelos criminosos. Os veículos estavam em um milharal em Nova Veneza, e eram de “alta potência e grande valor comercial”, segundo o delegado Vitor Bianco. Os valores envolvidos na ação ainda não foram divulgados. Cerca de 200 quilos de explosivos foram deixados para trás pelos assaltantes. A polícia não sabe o total utilizado.

O prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSDB), foi às redes sociais pedir à população para não sair de casa.

“Criciúma é alvo de um assalto de grandes proporções. Junto às autoridades militares e forças de segurança, seguimos monitorando e acompanhando o desenrolar dos fatos. Fiquem em casa. MUITO CUIDADO!”, postou o prefeito.

O esquadrão de bombas de Santa Catarina foi acionado por volta das 8h. Os agentes encontraram quatro artefatos explosivos, sendo três nas proximidades da praça do congresso e um na agência do Banco do Brasil que foi roubada. Todos foram desativados com sucesso.

Reféns

Imagens em redes sociais mostraram o momento em que funcionários da prefeitura de Criciúma foram feitos reféns pelos bandidos. Em seguida, foram obrigados a ficar sentados em uma faixa de pedestres, sem camisa, para bloquear a rua e dificultar a resposta das forças de segurança. Outro vídeo mostra os criminosos utilizando armas pesadas e andando tranquilamente pelas ruas da cidade.

O prefeito afirmou que os reféns, usados como uma barreira pela quadrilha, foram liberados sem ferimentos. Eram seis funcionários do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma, que pintavam faixas nas ruas.  Segundo a prefeitura, três deles foram obrigados a ajudar no carregamento dos malotes de dinheiro até os veículos dos criminosos.

A PM informou que o grupo incendiou um túnel no município de Tubarão, que dá acesso a Criciúma, para tentar impedir que reforços chegassem até o local. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os bandidos também atravessaram um caminhão, com placa de São Paulo, no túnel que fica na BR-101.

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