Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de março de 2016
Um ataque deixou ao menos 65 mortos e mais de 300 feridos neste domingo (27) em um parque na cidade paquistanesa de Lahore, informou o porta-voz do governo de Punjab, Zaeem Qadri.
A maior parte das vítimas são mulheres e crianças. “Muitos dos feridos estão em estado grave e tememos que o número de mortes aumente de forma considerável”, disse Salman Rafique, conselheiro de saúde do governo de Punjab, província onde fica a cidade de Lahore.
A explosão aconteceu em um estacionamento perto de um playground infantil no parque de Gulshan-e-Iqbal, segundo o chefe policial Haider Ashraf. Segundo ele, a área estava cheia de cristãos celebrando a Páscoa.
Aparentemente, disse Ashraf, o atentado foi lançado por um suicida, mas as investigações ainda estão em andamento.
O ministro chefe da província, Shahbaz Sharif, decretou três dias de luto e prometeu assegurar que os envolvidos no atentado sejam levados à Justiça.
Jamaat-ul-Ahrar, facção dissidente do grupo radical islâmico Taleban, reivindicou o ataque. À Associated Press, Ahsanullah Ahsan, porta-voz do Jamaat-ul-Ahrar, afirmou que um homem-bomba teve como alvo a comunidade cristã reunida no local.
Testemunhas relatam ter visto partes de corpos espalhadas pela área atingida.
“Quando a explosão aconteceu, as chamas eram tão altas que atingiram o topo das árvores. Vi corpos voando no ar”, disse Hasan Imran, 30, morador que caminhava no parque.
Logo após o atentado, o governo fechou todos os parques públicos. As principais áreas comerciais também foram fechadas e muitas das vias principais da cidade ficaram desertas.
Com 190 milhões de habitantes, o Paquistão enfrenta a insurgência do grupo radical islâmico Taleban, facções criminosas e violência sectária. Punjab é a maior e mais rica província do país.
Em 2014, o Paquistão lançou uma ofensiva contra o Taleban e grupos extremistas para impedi-los de lançar ataques no Paquistão e no Afeganistão.
A província de Punjab é tradicionalmente mais pacífica do que outras partes do Paquistão. A oposição acusa o governo local de tolerar as milícias em troca de paz na região, o que é negado fortemente pelas autoridades. (Folhapress)