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Brasil Até o Papai Noel está procurando emprego

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Com perspectiva de vendas menores, comércio reduz a contratação. (Crédito: Reprodução)

A piora no mercado de trabalho – setembro teve a pior taxa de desemprego desde 2009 – não poupou nem o Papai Noel. A procura do comércio pelos profissionais que personificam o bom velhinho caminha a passos lentos. De acordo com o diretor da Escola de Papai Noel do Brasil, Limachem Cherem, lojistas têm sinalizado não ter condições de pagar mais do que no ano passado pelos cerca de 40 dias de trabalho e têm adiado a contratação para barganhar lá na frente.

“Quanto mais perto da data o comércio deixar para contratar, maior é a possibilidade de encontrarem um Papai Noel que, para não ficar sem trabalho, vai aceitar o que for oferecido.” Para piorar o cenário, a escola recebeu o dobro de candidatos ao curso preparatório – cerca de 200 –, se comparado à média dos anos anteriores.

Muitos são trabalhadores desempregados que não conseguem recolocação em sua área ou aposentados à procura de uma renda extra. Sem emprego desde junho de 2014, quando a empresa na qual trabalhava o dispensou, o técnico em estrutura naval Rodrigo Martin, 60 anos, viu no curso uma chance de ganhar um extra. Deixou até a barba crescer.

“Vim no escuro e estou adorando. É uma delícia estar com esse pessoal. Cheguei aqui baixo astral e saí feliz. A gente já tem bastante idade e se vê sem perspectiva, com o Brasil do jeito que está. É difícil. A sorte é que recebi uma boa indenização. Eu e minha esposa tivemos de cortar tudo, descemos de um padrão. Estou torcendo para arrumar um contrato”, conta.

Maioria foi descartada.

Por não atenderem ao perfil para incorporar o bom velhinho – ter mais de 50 anos, barba e uma barriga avantajada –, a maioria dos candidatos foi descartada, explica Cherem. “Teve gente desempregada de 25, 30 anos ligando para se inscrever. Mas nem os aceitamos no curso porque seria perda de tempo para eles.”

Os formados na escola são indicados para trabalhos em shoppings, lojas, clubes, residências, hospitais, escolas, empresas e comerciais de TV durante os meses de novembro e dezembro. De acordo com Cherem, um Papai Noel pode ganhar entre 3 mil reais e 15 mil reais por um período de 40 dias. Além disso, cada visita a uma residência, empresa ou hospital pode render 400 reais.

Um lojista confirma que a retração no consumo, que tem derrubado mês a mês as vendas do comércio, vai afetar os investimentos dos comerciantes para o fim do ano. “Tem comércio que vai cortar a contratação de Papai Noel. Shopping até consegue manter esse investimento, já que o valor é rateado. Mas para o lojista pequeno fica mais difícil. Pode ocorrer até uma improvisação, e um funcionário da loja assumir esse papel.” (AG)

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