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Por Redação O Sul | 16 de junho de 2017
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC Banco Central), que funciona como uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 0,28% em abril em relação ao mês de março. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pela autoridade monetária.
A comparação já leva em conta as diferenças sazonais entre os períodos analisados. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 0,51% com ajustes sazonais. Sem levar em conta os ajustes, foi observada uma queda de 1,75%.
No mês de março, o IBC-Br havia caído 0,44% na comparação com fevereiro. De acordo com o Banco Central , no acumulado em 12 meses até abril, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) registrou contração de 2,66%. Sem o ajuste sazonal, a baixa é de 2,75%. No ano, o índice aponta uma queda de 0,44% (dessazonalizado).
No primeiro trimestre de 2017, o PIB oficial do País, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontou alta de 1% na comparação com o trimestre anterior, rompendo uma sequência de oito trimestres em queda. Tecnicamente, o resultado do primeiro trimestre significa que o País teria saído da recessão econômica.
No entanto, economistas alertam que o resultado do trimestre iniciado em abril será decisivo, já que em maio, com as delações da JBS/Friboi, o governo entrou em um período de instabilidade que pode afetar a economia.
IBC-Br x PIB
Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um “antecedente” do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE. O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas “um indicador útil” para o BC e para o setor privado.
Recentemente, o BC atualizou a metodologia de cálculo, incorporando novos indicadores, com destaque para a utilização da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) em substituição à PME (Pesquisa Mensal de Emprego), além de outras mudanças.
Expectativa do mercado financeiro
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta semana, os analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira em 2017 de 0,5% para 0,41%.
Para 2018, os analistas ouvidos pela autoridade monetária estimam que o PIB vai crescer 2,3%. Na semana anterior, eles esperavam um crescimento de 2,4%.