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Brasil Ativista Luisa Mell protesta contra bois “presos” em navio no Porto de Santos

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25 mil animais estão embarcados em navio proibido de sair para Turquia. (Foto: Reprodução)

A ativista Luísa Mell, conhecida por ser protetora dos animais, esteve neste domingo (4) no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, para protestar junto aos demais ativistas que acompanham há dias o impasse no embarque de mais de 25 mil cabeças de gado no navio Nada. Desde quinta-feira (1º) o embarque e exportação de carga viva foi proibido pela Justiça e o navio está retido no Porto.

“Sim, tudo isto é fezes! Mas o relatório tendencioso do Serviço de Vigilância Agropecuária (SAV) afirma que os 25 mil bois que estão embarcados no navio NADA, no Porto de Santos, no litoral paulista, estão saudáveis e em ótimas condições!!!”, protesta Luisa Mell nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

Segundo a ativista, que esteve na manifestação em uma cadeira de rodas por conta de um pé imobilizado, os bois estão sofrendo maus tratos. “Isso é uma barbaridade, uma atrocidades. Os animais não podem se defender e nós estamos aqui por eles. A Justiça do nosso País e a sociedade é contra esse tipo de transporte. Isso aqui é maus tratos, tá comprovado”, declara.

Luisa afirma que os animais estão sendo massacrados com esse tipo de transporte, a exportação em um navio. “A bancada ruralista faz de tudo para que essa crueldade continue, mas nós não vamos permitir. Não vamos desistir.”

Quem também esteve no Porto de Santos foi o deputado Beto Mansur (PRB-SP). Hostilizado pelos ativistas manifestantes, o deputado foi até o local para fazer uma inspeção no navio Nada, que tem mais de 25 mil bois embarcados, e afirmou que os animais passam bem. “Os animais estão em boas condições. Estão sujos em função de estarem ali há bastante tempo sem lavagem, mas não vi sofrimento dos animais e também não temos informações de morte.”

Para Mansur, é necessário resolver a questão do embarque o mais breve possível. “Não podemos ficar nessa disputa jurídica, temos 25 mil vidas esperando solução. O que precisamos é tentar resolver”, declara. Segundo o deputado, toda a situação dentro do navio foi repassada ao ministro da Agricultur, Blairo Borges Maggi.

“Eu disse ao ministro que os animais estão em boas condições, se alimentando e tomando água. O importante é acharmos uma boa conclusão para liberar os bois para exportação ou não”, conta o deputado.

Durante a manifestação, dezenas de ativistas percorreram diversas ruas do Centro da cidade com faixas e cartazes em defesa da vida animal. Os manifestantes pedem a liberação dos bois para que eles voltem para as fazendas de origem, no interior de São Paulo.

Impasse

Entre 26 e 31 de janeiro, o cais do Ecoporto, na Margem Direita do complexo portuário, recebeu os animais que eram criados em fazendas no interior do estado, distantes 500 quilômetros do litoral. Os bois foram comprados pela Turquia e a operação de embarque no navio Nada, o maior do tipo, teve que ser suspensa.

Trata-se da segunda operação com carga viva no Porto de Santos após 20 anos. Desde o início dos trabalhos, ativistas ligados à proteção animal alegam que os bois são vítimas de maus tratos. A prefeitura multou a Minerva Foods, responsável pelos animais, em R$ 1,5 milhão e, depois, em R$ 2 milhões, por poluição.

Em três decisões judiciais nos últimos dias, duas em esfera estadual e uma em federal, determinou-se a suspensão do embarque (faltam cerca de 2 mil bois), o desembarque daqueles animais já a bordo e a inspeção sanitária no navio.

A Minerva recorreu, em esfera estadual, da suspensão do embarque dos animais faltantes, mas, nesta sexta-feira (2), a Justiça Estadual manteve a decisão e, neste sábado, a Justiça Federal também manteve a ordem de desembarque. O impasse permanece sobre a retirada dos animais que já estão no navio, apesar de a Companhia Docas do Estado de São Paulo já preparar um plano logístico para fazê-lo.

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