Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Atletas de direita que se sentiam acanhados e até temerosos em expressar suas opiniões sobre política ou valores da Pátria relatam, com certo alívio, que o clima mudou

Compartilhe esta notícia:

Esportistas conservadores celebram novo ambiente, mas ainda apontam preconceito. Na foto, Bolsonaro durante a recepção aos atletas dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. (Foto: Alan Santos/PR)

Há quatro anos, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), uma polêmica se instalou quando medalhistas brasileiros começaram a bater continência para a bandeira do País no pódio.

Em meio a críticas de que estariam exaltando um nacionalismo extemporâneo, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) teve de vir a público defender o gesto, chamando-o de simples manifestação de patriotismo.

Em 2019, com um governo conservador no poder, o verde-amarelo em alta e a esquerda ainda desnorteada pela eleição do ano passado, tal controvérsia seria difícil de imaginar. Recusar uma ode à bandeira é que está um tanto fora de moda.

Atletas de direita que se sentiam acanhados e até temerosos em expressar suas opiniões sobre política ou valores da Pátria relatam, com certo alívio, que o clima mudou. Muitos não relutam em demonstrar de forma clara o posicionamento pró-Jair Bolsonaro.

“O brasileiro sempre foi nacionalista, mas isso era não tão externado. Para o atleta, que lida diretamente com as cores nacionais, é importante esse sentimento ser massificado”, disse Cássio Rippel, 41, um dos principais nomes do tiro esportivo brasileiro e apoiador do presidente.

Medalha de ouro no Pan de Toronto na prova de carabina deitado de 50 m, ele é tenente-coronel do Exército e define a carreira militar como “não um emprego, mas um sacerdócio”. “Prometi defender a bandeira com sacrifício da própria vida”, afirmou.

Rippel é egresso da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), a mesma onde se formou Bolsonaro, de quem ele é um entusiasta assumido. Previsivelmente, defende uma bandeira do governo que lhe é cara, a facilitação do acesso a armas de fogo.

“No interior de Santa Catarina, onde fui criado, todo mundo tinha uma arma para se defender. Não quer dizer que vamos comprar uma arma da mesma maneira como se compra 1 kg de açúcar no supermercado”, declarou. “Há uma desvirtuamento muito grande da questão.”

Colega de modalidade de Rippel, Felipe Wu, 27, é um dos convidados especiais para desfilar no 7 de setembro do Rio de Janeiro, neste sábado (07). Medalhista de prata na Olimpíada de 2016 na prova de pistola de ar 10 m e terceiro sargento do Exército, ele defende que a população olhe de forma mais positiva para o país.

“É legal termos orgulho da nossa terra. Ainda temos um certo complexo de vira-lata”, declarou ele, que também elogia Bolsonaro por sua política para as armas. “A lei foi estabelecida contra a vontade popular expressa num plebiscito [em 2005]. O que o governo atual quer é acatar a vontade da população.”

Rippel e Wu fazem parte do programa de esporte de alto rendimento das Forças Armadas, criado em 2008, durante o governo Lula. Os atletas entram via edital e recebem a patente de terceiro-sargento, com direito a soldo e possibilidade uso das instalações militares. Há atualmente cerca de 600 nessa condição.

Nome em ascensão do Stock Car, Gabriel Casagrande, 24, tem em sua conta no Instagram foto ao lado de Bolsonaro na cama do hospital quando o então candidato se recuperava do atentado que sofreu no ano passado. Na imagem, ambos fazem sinal de positivo com o polegar.

Na campanha eleitoral do ano passado, diversos atletas se manifestaram em defesa de Bolsonaro, muitas vezes recebendo críticas por isso. No futebol, naturalmente, a repercussão foi maior, como ocorreu com jogadores como Diego Souza (Botafogo), Lucas Moura (Tottenham) e Felipe Melo (Palmeiras).

Mas há exemplos em outros esportes. Em setembro do ano passado, dois jogadores da seleção masculina de vôlei, Wallace e Maurício Souza, fizeram com as mãos alusão ao número 17, de Bolsonaro, após uma vitória sobre a França no Mundial.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Quinteto de Sopros da Universidade de Caxias do Sul se apresenta neste domingo no Museu da Uva e do Vinho
Bolsonaro quebra o protocolo e desce da tribuna para cumprimentar o público no desfile de Sete de Setembro
https://www.osul.com.br/atletas-de-direita-que-se-sentiam-acanhados-e-ate-temerosos-em-expressar-suas-opinioes-sobre-politica-ou-valores-da-patria-relatam-com-certo-alivio-que-o-clima-mudou/ Atletas de direita que se sentiam acanhados e até temerosos em expressar suas opiniões sobre política ou valores da Pátria relatam, com certo alívio, que o clima mudou 2019-09-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar