Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2021
Nesta segunda, o Butantan entregou 2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde
Foto: Itamar Aguiar/Palácio PiratiniO diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta segunda-feira (10) que a lentidão e a incerteza na liberação do insumo da CoronaVac pela China podem afetar o cronograma de vacinação no Brasil a partir de junho.
O instituto é parceiro do laboratório Sinovac e responsável pela etapa final de produção da vacina no Brasil. Nesta segunda, o Butantan entregou 2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. Duas novas remessas serão feitas até o final desta semana.
Após os envios, o instituto precisa receber a matéria-prima para conseguir retomar o envase, que foi suspenso na última quinta-feira (06). “A partir daí, não teremos mais vacina porque não recebemos o IFA [ingrediente farmacêutico ativo] para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz [responsável pela vacina de Oxford/AstraZeneca], que também não teve seu IFA liberado. Preocupa para o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, que poderá sofrer algum impacto”, disse Dimas.
Com o lote desta segunda, o total de doses enviadas pelo Butantan ao Plano Nacional de Imunizações chegou a 45 milhões desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Nesta quarta (12), serão destinadas mais 1 milhão de doses e, na sexta (14), 1,1 milhão. Os novos lotes foram envasados com insumo recebido pelo Butantan em abril.
As novas entregas permitirão ao instituto concluir o primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que sofreu atraso de algumas semanas após problemas com a entrega do IFA vindo da China.