Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2021
"Não há outro caminho, que não a ciência, para que encontremos as soluções para o enfrentamento de questões sanitárias", disse Queiroga
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (10) não haver outro caminho, se não a ciência, para lidar com as questões sanitárias.
A declaração foi dada durante um seminário virtual destinado ao acompanhamento de projetos que têm apoio do governo federal, visando atender às necessidades das políticas públicas e do SUS ( Sistema Único de Saúde).
“Todos vivemos há mais de um ano impactados pela maior emergência sanitária do mundo. O Brasil se inclui pelas características de dimensões continentais, pela heterogeneidade do desenvolvimento socioeconômico de nossa nação e pelas vicissitudes crônicas que há no sistema de saúde brasileiro”, disse Queiroga.
O médico defendeu que as ações voltadas ao combate à pandemia devem ser orientadas a partir do que diz a ciência e que parcerias entre universidades e setor privado são relevantes no sentido de impulsionar pesquisas e inovação no País, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos.
“Já que somos um governo liberal em relação à economia e conservador em relação aos costumes, não se cumplicia com desvio de verbas públicas que têm de ser alocadas, por exemplo, na pesquisa. Então, queremos que a iniciativa privada também apoie a pesquisa”, disse o ministro ao defender a participação tanto da indústria nacional quanto da estrangeira no cenário do fomento às pesquisas.
“Não há outro caminho, que não a ciência, para que encontremos as soluções para o enfrentamento de questões sanitárias e de uma situação pandêmica como essa. As respostas, quem nos entregarão são os pesquisadores. Temos de fortalecer nosso sistema de saúde. Não somente na assistência à saúde, mas sobretudo na pesquisa, no desenvolvimento do complexo industrial da saúde, nas parcerias de desenvolvimento produtivo, para a transferência de tecnologia, de forma a ofertar ao sistema de saúde insumos que tenham custo efetividade compatível com as condições do sistema de saúde do Brasil”, acrescentou.
A abertura do evento contou com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. Ele também ressaltou a importância da ciência e da colaboração entre ministérios para que o combate à pandemia tenha sucesso. “A pandemia nos mostrou a necessidade da união e da atuação forte da ciência. Temos cientistas extremamente capacitados que nos dão diretrizes desde fevereiro, antes, portanto, do estabelecimento da pandemia no País, por meio de RedeVírus”, disse Pontes.
A RedeVírus reúne especialistas em virologia e imunologia para traçar uma estratégia de pesquisas, desenvolvimento e inovação. A iniciativa conta com a participação de universidades, unidades de pesquisa, hospitais e laboratórios.